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Das origens
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Contam que um avião caiu no deserto do Saara, com três tripulantes – John, Fritz e Manoel Joaquim. Escaparam milagrosamente. Começava outro drama, a sobrevivência. Os dias foram se passando e, com exceção dos três, o Saara continuava deserto. Fome, sede, calor infernal.
À beira do desespero, eis que Fritz encontra um objeto quase encoberto pela areia. Uma lâmpada, igualzinha à de Aladim.
O trio decide testar a coisa. Num beco sem saída, não custava tentar. Esfregando a lâmpada, eis que pluf! – ou uma outra onomatopéia mais precisa – surge ele, o gênio. Operação concluída com sucesso! Comemoram.
Como (também) era de se esperar, cada um tinha direito a um pedido, que seria prontamente atendido.
– Eu quero estar em Las Vegas, na piscina do melhor cassino da cidade – pediu John. Pluf! Desapareceu para ressurgir no Montecito de Vegas, como desejava. É a vez de Fritz.
– Ah! Eu querer estar na Hamburgo, num cervejaria, cercada por muitos canecos de chope e loiras.
Pluf! Sumiu e reapareceu em Hamburgo, conforme seu desejo.
Sobrou Manoel Joaquim. Pega a lâmpada, mas para (do verbo parar) e fica pensando na vida, como viver é perigoso, no acidente, na solidariedade, nos gestos para superar os momentos mais difíceis, na união fortalecida pela tragédia, no companheirismo que floresceu. E, de pronto, sentiu-se tremendamente só, aquele nó no peito, o frio da saudade.
O gênio (da lâmpada, para encerrar o expediente, decide intervir:
– Pronto? Qual o pedido?
– Quero meus amigos de volta!
Pluf! Espantados, John e Fritz retornam ao deserto, num passe de mágica. Estupefatos, copo de uísque e canecão de chope nas mãos agora trêmulas.
Consta que o Manoel Joaquim da história era, na verdade, Beronha, nosso anti-herói de plantão.

ENQUANTO ISSO…


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