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De aborígene a brasileiro
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Professor Afronsius, vizinho de Natureza Morta, contou ter recusado a proposta de familiares, para requerer ao governo italiano a dupla cidadania.
– Estou muito bem aqui, com uma só.
O solitário da Vila Piroquinha concordou. Embora respeite a iniciativa de muitos descendentes, não vê motivo para tal. Conversa vai conversa vem, a dupla citou algumas declarações de amor pelo país.

A substância mais preciosa

Recorrendo à seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, Natureza invocou o depoimento de Stefan Zweig, em “Brasil, País do Futuro” (“Obras Completas”, tomo XIV, tradução de Odilon Gallotti, Editora Delta, 1953):
– O aborígene, como futuro brasileiro e cristão conquistado, constitui para eles (os jesuítas) a substância talvez mais preciosa dessa terra, substância mais importante do que a cana, o pau Brasil e o fumo, por causa dos quais ele é escravizado e exterminado.
Mais:
– Segundo o plano dos missionários, não deverá haver no Brasil futuro uma nação de senhores, de brancos, e uma nação de escravos, escuros, mas sim apenas um povo único e livre, uma terra livre.
Prefácio? Não, agradecimento
Vale a leitura, igualmente, o texto de Afrânio Peixoto, escrito em julho de 1941, no qual diz, no prefácio, que “isso não é apresentação ou introdução, que, felizmente, nosso publico dispensaria, à fama mundial de Stefan Zweig: é um agradecimento”.
Voltando a Zweig, na introdução do livro:
– O Brasil, pela sua estrutura etnológica, se tivesse aceito o delírio europeu de nacionalidade e de raças, seria o país mais desunido, menos pacífico e mais intranquilo do mundo.
– Por isso, na existência do Brasil, cuja vontade está dirigida unicamente para um desenvolvimento pacífico, repousa uma de nossas melhores esperanças de uma futura civilização e pacificação do nosso mundo devastado pelo ódio e pela loucura.

Nem fino nem grosso

Aproveitando as transcrições, Beronha (quem diria) incluiu nas transcrições uma declaração de Chico Buarque, em outubro 2010:
– O Brasil fala de igual para igual com todos. Nem fino com Washington nem grosso com a Bolívia. Por isso, é respeitado no mundo inteiro como nunca antes na história desse país.

ENQUANTO ISSO…


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