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De Jorge a Lalau
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Como se dizia nos velhos tempos, ecos do tríduo momesco. Natureza Morta, nessa matéria, prefere O País do Carnaval, de Jorge Amado. Aliás, nunca esqueceu um trecho, com o personagem Paulo Rigger:
– “Notou que todos se beijavam e todos se apalpavam. Era o carnaval… Vitória de todo o Instinto, reino da Carne…”
Mas, conversando com Beronha, o solitário da Vila Piroquinha admitiu ter visto um pouquinho do desfile no Rio de Janeiro. E notou que, em pelo menos dois sambas, recorreu-se a divinal para rimar com carnaval.
Beronha, ainda ressaqueado:
– Rima por rima, poderiam rimar Sonrisal com carnaval. Ou Melhoral.

Coisa do Lalau

Depois, Natureza comentou que também valia lembrar o Samba do Crioulo Doido, de Sérgio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Em 1968, diante da obrigatoriedade imposta às escolas, de abordar temas históricos, o Lalau mandou brasa:
Foi em Diamantina
Onde nasceu JK
Que a Princesa Leopoldina
Arresolveu se casá
Mas Chica da Silva
Tinha outros pretendentes
E obrigou a princesa
A se casar com Tiradentes
Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Lá iá lá iá lá ia
O bode que deu vou te contar
Joaquim José
Que também é
Da Silva Xavier
Queria ser dono do mundo
E se elegeu Pedro II
Das estradas de Minas
Seguiu pra São Paulo
E falou com Anchieta
O vigário dos índios
Aliou-se a Dom Pedro
E acabou com a falseta
Da união deles dois
Ficou resolvida a questão
E foi proclamada a escravidão
E foi proclamada a escravidão
Assim se conta essa história
Que é dos dois a maior glória
Da. Leopoldina virou trem
E D. Pedro é uma estação também
O, ô, ô, ô, ô, ô
O trem tá atrasado ou já passou

ENQUANTO ISSO…


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