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Depois, tudo é só ps
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Velho e fiel leitor de Luis Fernando Veríssimo, Natureza Morta deliciou-se com “Os Espiões”, lançado em 2009 pela Editora Alfaguara.
Tanto que presenteou amigos com o livro no Natal daquele ano, no Natal seguinte e no Natal de 2011. E o solitário da Vila Piroquinha insiste na recomendação: o romance continua um ótimo presente, com dupla vantagem:
– Independentemente do Papai Noel, pode ser comprado e encaminhado a amigos de janeiro a dezembro de 2012.

Precisa dizer mais?

Entre as inúmeras passagens de “Os Espiões”, uma calou profundamente na memória de Natureza. Está na página 129. Uma fala do professor Fortuna:
– A literatura terminou com Sófocles. Tudo que veio depois é post scriptum.
Há que se concordar. Produzir o quê depois de tanta coisa boa?
E Natureza invocou também Chico Buarque, com a letra de “Quem Te Viu, Quem Te Vê”.
Algo definitivo quando, depois de deitar elogios e declarações de amor à “mais bonita das cabrochas dessa ala”, lamenta que, hoje, “a gente nem se fala”. Mas, como “a festa continua”, ele prepara a resposta a quem era “a favorita onde eu era mestre-sala”.
Já que as noites dela “são de gala” e “nosso samba ainda é na rua”, “hoje vou sambar na pista, você vai de galeria”. “Quero que você me assista na mais fina companhia” e, se “sentir saudade, por favor não dê na vista”:
– Bate palma com vontade, faz de conta que é turista…
– Tapa de luva! – comemora o solitário da Vila Piroquinha.
– Tapa de luva de box – corrige Beronha.
Como diria o professor Fortuna sobre Sófocles, depois do Chico tudo é post scriptum.

ENQUANTO ISSO…


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