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Do bairro ao fundo do mar
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No dia 8 do mês passado, a produção de petróleo nas áreas do pré-sal (bacias de Santos e Campos) bateu novo recorde: superou 1 milhão de barris por dia de óleo equivalente – petróleo e gás natural.

Ao concluir a leitura da notícia, professor Afronsius lembrou que a busca do então chamado ouro negro no país vem de longa data, remontando aos tempos coloniais.

Mas a primeira jazida só foi descoberta em 1939, no bairro de Lobato, periferia de Salvador. Coincidentemente, o local leva o nome de um dos líderes da defesa da exploração petrolífera no Brasil, Monteiro Lobato, um paulista. O escritor batalhou de maneira incansável para mostrar que o país tinha potencial no setor e que o petróleo poderia dar ao povo brasileiro um melhor padrão de vida.

É de Lobato, aliás, a frase “O petróleo é nosso!“, que virou bandeira da campanha nacionalista lançada em 1946 em defesa da soberania sobre o recurso natural. Sete anos depois surgiria a Petrobras.

Novo recorde

Voltando ao tempo presente: segundo a Petrobras, mais de 70% da produção total dizem respeito à parcela da empresa nas aéreas envolvidas. Com a nova marca, o petróleo do pré-sal brasileiro já responde por cerca de 40% da produção de petróleo no país, hoje estimada em 2,9 milhões de barris por dia.

O resultado foi alcançado menos de dez anos após a descoberta destas jazidas e menos de dois anos depois de atingida a produção de 500 mil barris por dia, em julho de 2014. Na avaliação da Petrobras, “isso comprova não só a viabilidade técnica e econômica do pré-sal, como também a sua alta produtividade”. Em termos comparativos, o primeiro milhão de barris diários de petróleo produzido pela Petrobras só foi alcançado em 1998.

A empresa ressalta que o recorde foi obtido com a contribuição de apenas 52 poços produtores, o que comprova “o excelente retorno dos investimentos no pré-sal: é importante ressaltar que o primeiro milhão de barris produzido por dia pela companhia, em 1998, foi obtido com a contribuição de mais de 8 mil poços produtores”.

– O petróleo é nosso e ninguém tasca – comentou professor Afronsius, em tom ameaçador.

ENQUANTO ISSO…

 

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