• Carregando...
E não é de hoje
| Foto:

Com a Rio 2016, o apoio das Forças Armadas à prática esportiva ficou bem patente – patente sem trocadilho. E até causou surpresa para muitos brasileiros, que simplesmente não sabiam disso. Dos 462 atletas da delegação brasileira, 145 – quase um terço – são militares. E as Forças Armadas pretendem ampliar o investimento na formação de atletas.

A propósito disso, em 1958 um exemplar da Revista do Clube Militar, número 151, já mostrava esse lado pouco conhecido. E que não se limitava aos esportes.

Na parte dedicada às artes, por exemplo, a publicação cita figuras famosas. Começa por Freud, o Sigmund: “O fascínio da obra de arte decorre de seu poder liberatório. Quem a contempla alcançou, não obstante as diferenças individuais, a mesma satisfação que o artista obteve no momento de criar. O prazer estético resulta de uma comunicação profunda”.

O teatro em alta

Quanto ao teatro, ficamos sabendo que, “no próximo número daremos detalhes, com uma reportagem, sobre o Teatro de Militares (A.R.T.E. – sigla de Artistas Representantes do Teatro no Exército), que mostrará aos colegas do Exército que já se faz um bom teatro nos meios militares e que, infelizmente, pouca gente sabe disso”.

A revista informa ainda que estão sendo mantidos contatos para levarmos nosso Teatro de Militares (oficiais e sargentos formam o elenco) “aos nossos pracinhas em Suez” e, “um fato inédito na história do Teatro”, “um conjunto cênico, com peças genuinamente brasileiras, de Luiz Iglésias e Paulo Magalhães, para militares no estrangeiro”.

Brasil x Argentina

O xadrez, por supuesto, também está presente: um torneio, em disputa da taça General San Martin, reuniu militares de unidades brasileiras e argentinas, no Clube Militar, Rio de Janeiro. Instituído em 1948, pela Confederação Brasileira de Xadrez, o troféu, nas séries realizadas em 1958, teve como um dos pontos altos a partida que reuniu o comandante H. Caspary, do Brasil, e o 1.° tenente H. de La Vega, da Argentina, “respectivamente os campeões das Forças Armadas dos seus países”.

O mesmo La Veja venceu a prova extra realizada no Clube da Aeronáutica, na disputa do Troféu Santos Dumont. Campeão invicto, foi aclamado como “o mais forte entre todos os enxadristas que disputaram os torneios no Rio e em Buenos Aires”.

É isso. E que assim continue. Sendo ouro, prata ou bronze.

ENQUANTO ISSO…

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]