Nos últimos dias, para o dedo de prosa junto à cerca (viva) da Vila Piroquinha, Beronha não tem sido nada pontual. Invariavelmente chegou atrasado. E mancando. Finalmente, sob fogo cerrado do professor Afronsius e de Natureza Morta, decidiu abrir o jogo:
– Estou em campanha.
Diante do espanto da dupla, ou parelha, como ele prefere chamar, nosso anti-herói de plantão explicou que está apostando no “marketing pessoal”, devidamente assessorado por Rosbife, o proprietário do Bar VIP.
– A meta é a Câmara Municipal.
Que vá, mas por que sair às ruas manquitolando, quis saber o solitário da Vila Piroquinha.
– Faz parte. Meu bordão para o horário eleitoral gratuito na televisão é: mancada por mancada, vote Beronha. Mancada honesta. É mancada porque ele tropicou numa pedra solta da calçada.
Voto? Só o de boa sorte
Mesmo na (séria e profunda) dúvida quanto ao sucesso da empreitada, Natureza e o professor Afronsius desejaram boa sorte. Só declaram isso. Declarar o voto, jamais.
Aproveitando a temporada eleitoral que se desenha, como sempre com traços ocultos e sinistros, o professor Afronsius sacou “Folclore Político”, livro sempre atual do jornalista Sebastião Nery.
Entre muitas histórias selecionáveis, pinçou uma. Conta Nery que padre Aneiko, deputado estadual pelo PDC, vinha do Paraguai. Na fronteira, em Foz do Iguaçu, encontrou-se com duas amigas, que lhe pediram para passar com alguns perfumes de contrabando.
Amarrou no cinturão, embaixo da batina. Na Alfândega, o fiscal pergunta:
– Alguma mercadoria, padre?
– Não.
– E aí embaixo da batina?
– O que tem aqui embaixo é dessas duas moças. Quer ver?
Não queria.
ENQUANTO ISSO…
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