Com o Campeonato Brasileiro na fase decisiva, há uma cachoeira de palpites. O recomendável, para fugir do bombardeio de opiniões sobre quem será o campeão, é recorrer a quem entende. Cansado de ouvir os eternos palpiteiros e seus achismos, Natureza Morta tem na sua agenda de consultas um craque. Ontem craque com a bola, hoje craque no jornalismo esportivo. O Afonsinho.
Mas, como diz Afonsinho, ou melhor, como escreveu em sua coluna “Pênalti”, na revista CartaCapital, sob o título “Sorte de campeão”, há emoções (fortes emoções) também na Série B e expectativas nas séries C e D, “que merecem muito mais atenção”. De fato.
Galinha dos ovos de ouro
Falta atenção quanto à necessidade de estruturação dos clubes e dos campeonatos, em todo o país. Afinal, como diz o professor Afronsius, futebol também é negócio e, assim, deve ser encarado com seriedade e profissionalismo por parte dos cartolas.
– É, o tempo do bola pro mato e seja o que Deus quiser já passou. Ou deveria – concordou o professor Afronsius, diante de tamanha incúria e falta de profissionalização dos dirigentes.
Concordando, Beronha surpreendeu com um gol de letra:
– O reinado do eixo Rio-São Paulo já acabou.
A velha paixão nacional
Uma incursão pelas excluídas séries C e D, por exemplo, mostra que há muita coisa que grande parte do Brasil desconhece. Basta ver o Maranhão. Lá, para alegria em especial do professor Pulguério Bittencourt, o nosso Teacher, como era chamado em Curitiba, na época de professor da UFPR, o Sampaio Corrêa FC sagrou-se campeão de 2012 da Série C. Festa não apenas na capital São Luís. Fundado em 1923, tornou-se o primeiro e único time brasileiro a ser campeão em três divisões diferentes: Série B em 1972; Série C em 1997 e, agora, Série D. Aproveitando, o solitário da Vila Piroquinha fez questão de cantar o hino do time:
Sampaio Corrêa,
a “Bolívia” querida
de maior torcida
deste Maranhão
Sampaio Corrêa,
do nosso esporte
o mais antigo esquadrão;
Sua camisa encarnada, verde e amarelo;
Veste gigante do esporte em constante duelo.
Sampaio Corrêa, time de Escol
Maior torcida tradição no futebol.
O foi composto por Agostinho Reis.
Antes do apito final, nosso anti-herói de plantão quis saber a opinião de Afonsinho sobre ao campeão da Série A. Nada em definitivo.
– Como o craque que é, sabe proteger a canela. E age – e joga – com a cabeça. Craque.
ENQUANTO ISSO…
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