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Armas químicas na Síria. Corintiano preso na Bolívia voltou à cena; participou da briga no estádio de Brasília. Ex-Panicat não está grávida de empresário, diz assessora. Miss Bumbum continua em alta…

Alguns exemplos do farto noticiário do dia. Basta abrir a internet e pipocam rolos, mutretas etc e tal. Entre o etc e tal estão aquelas coisas que, até recentemente, não eram de interesse público, ou seja, notícia, a busca da verdade factual, algo relevante, mas sim o interessante para o público.

Estarrecido e quase que perplexo com o que tem se deparado, professor Afronsius limitou-se a comentar:

– Sinal dos tempos. O fim dos tempos, quem sabe.

Tudo amarelado

De fato, é o show da notícia. O patifar no jornalismo, rumo pelo qual enveredaram muitos. E pensar que, na década de 1950, escândalo mesmo era uma revista brasileira com o título, é claro, Escândalo. Sem falar da Revista X-9, com o terrível “suplemente amarelo do crime”.

Um exemplo de escândalo da Escândalo. Título da capa, sobre foto de mulheres de maiôs de corpo inteiro.

– Carnaval de sangue e vergonha.

Estarrecido e perplexo

Igualmente estarrecido, só que perplexo, Natureza Morta citou uma outra publicação que causava furor – e era “terminantemente proibida para menos de 18 anos”. Os pais faziam o controle do que poderia ou não poderia ser lido.

– A X-9, da Rio Gráfica Editores, que começou a circular em 1941 e durou mais de 30 anos, chegando à tiragem de 100 mil exemplares. Não propriamente pela riqueza do conteúdo. Trazia contos e novelas policiais, histórias de terror e as tiras de Dashiel Hammett, o Agente Secreto X-9. Lá por 1957, a revista vinha com “o suplemento amarelo do crime”, focalizando casos ocorridos nos Estados Unidos. Impresso em páginas amarelas (equivalente ao marron, que batizaria a imprensa marron), o SAC chegava recheado de fotografias e textos sensacionalistas. Os criminosos eram apresentados como monstros, aberrações humanas.

Velhos tempos. Bons?

Natureza, finalizando:

– Aliás, a internet, como diz Paul Krugman em artigo na CartaCapital desta semana (“O jornalismo e a internet”), “por causa da web, vivemos a era de ouro do discurso econômico. Há desinformação, mas também muita qualidade”.

Por outra, a internet é como uma arma. Nem boa nem ruim. Depende do uso que dela se faça.

ENQUANTO ISSO…

28 agosto (1)

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