Já que não há mais espaço para as queixas que se acumulam quanto ao calor, o jeito é registrar o outro lado. Natureza Morta, por exemplo, está feliz da vida com a canícula. Por conta da tal divisão social do trabalho. Trabalho doméstico. É que, na partilha da faina diária, cabe a ele lavar a louça.
– Dou apenas e tão somente aquele banho nos pratos, talheres, xícaras e panelas. Dispensei o pano de prato. Em poucos minutos de repouso da tralha no canto da pia, o calorão se encarrega de concluir o serviço. Tanto que até suspendi a compra de uma lava-louça…
Já no Bar VIP da Vila Piroquinha, o problema é outro: exigir uma cerveja estupidamente gelada é cutucar a onça com vara curta.
– Está em falta. Temos cerveja mais ou menos fria. Volte no inverno. Quem sabe…
De qualquer modo, tem cabôco que só agora descobriu a palavra canícula. O problema, como observou professor Afronsius, é o emprego correto da dita cuja:
– Já ouvi coisas como essa tal de canícula está um calorão de rachar.
Quanto à sensação térmica, tem cabôco afirmando que sensação térmica provém de garrafa térmica…
E há quem afirme, como um amigo de Londrina, que até o João de Barro já apelou para aparelhos de ar condicionado em sua singela casinha no galho da árvore.
Que o outono nos seja leve.
ENQUANTO ISSO…
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