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Força, Taboão!
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Por conta da magia, encantamento e o imponderável do futebol, há times que conquistam novos torcedores à primeira vista. Caso do Taboão da Serra, ou Clube Atlético Taboão da Serra.

– E não apenas por ser Atlético e pela campanha na Copa São Paulo, 100% de aproveitamento, mas até porque nós também temos o glorioso bairro do Taboão – explicou professor Afronsius, o mais novo fã do time paulista, atento, aliás, para a partida deste sábado, contra o Santos.

É que, e não só em uma das partidas, jogadas mais do que improváveis, inconcebíveis, verdadeiras trapalhadas, resultaram em gols e mais gols. Natureza Morta e Beronha também entraram na torcida. Um futebol deveras desconcertante. Em todos os sentidos. Exemplo: becão chuta pra lateral, bola pro mato. Caprichosamente, a bola bate num companheiro e arma um contra-ataque estilo Messi/Barcelona. Inacreditável.

Sobe e desce

Fundado em 12 de dezembro de 1985, o Taboão da Serra virou profissional em 2004, quando disputou (e venceu) a Série B2 do Campeonato Paulista. Ganhou o direito de jogar a Série A3 do ano seguinte, mas acabou rebaixado para a Segunda Divisão. Coisas da vida. Cinco anos depois, em 2010, a equipe realizou excelente campanha e voltou a disputar a Série A3.

O CATS, isso mesmo, nunca alterou suas cores ou seu uniforme, definidos por estatuto. O vermelho, o branco e o preto seriam uma homenagem às cores da bandeira do município. Mas há outra versão, marota: os quatro prefeitos que precederam a fundação do clube não teriam feito nenhuma objeção quanto às cores. Eram torcedores fanáticos do São Paulo.

Mascote faz au-au

Já o mascote do Taboão da Serra é um simpático cachorro. Surgiu no Estádio Municipal Vereador José Ferez. De propriedade do caseiro do estádio, recebeu o nome de Gaúcho. Caiu nas graças de torcedores. Além de guardião do estádio, acompanhava todos os treinos e jogos. E, segundo jornais da época, Gaúcho atuava também como gandula. Buscava as bolas chutadas para fora do campo.

Quanto ao topônimo Taboão da Serra, professor Afronsius recorreu ao Taboão de Curitiba. A origem seria uma tromba d’água, embora haja quem defenda que foi uma tábua. Uma grande e encorpada tábua. Faz algum sentido: originalmente, tábua vem a ser, ou vinha a ser, “grande erva (até 3 metros) da família das tifáceas, que vive em águas paradas e rasas, com espigas grossas e compactas, com folhas que servem para tecer esteiras e cestos, e podem dar celulose para papel”. Ou seja, mais do que simples tábua, uma baita tábua, um tabuão – ou taboão.

De qualquer forma, dá-lhe Taboão. O de lá e o de cá.

ENQUANTO ISSO…

18 janeiro

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