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Haja imaginação criadora
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Nos velhos (e bons) tempos do rádio, sem a concorrência da televisão, que Stanislaw Ponte Preta batizaria de “máquina de fazer doido”, as transmissões cobriam também o carnaval. É.Carnaval de Curitiba dava pauta. Um amigo de Natureza Morta brincava, então, dizendo que iria para casa colocar uma roupa bem velha e curtir o desfile pelo rádio.
– Roupa velha? – quis saber um dia o intrigado solitário da Vila Piroquinha.
– Para rolar de rir. Rolar à vontade pelo chão…

Fala posto 2!

Exageros à parte, o nosso carnaval não deixava de ter seus lances impagáveis. Contam que, em um determinado tríduo momesco (sic), o locutor do posto 1 de uma rádio acionou o posto 2 e perguntou para o repórter postado na área de concentração (sic):
– E aí, fulano, quem desfila agora? Qual escola entra na avenida para brindar o distinto e bem comportado público?
– Não sei. Ela já passou…
Natureza justifica: algumas escolas eram bem pequenas. O número de figurantes era de tal maneira reduzido que mal dava para ver a escola (sic), de tão rápido que passavam.

Onde o samba no pé?

Com a televisão, a coisa mudou. Não muito.
– Era altamente cansativa a repetição do clichê “samba no pé” para destacar o empenho e a garra de determinadas escolas. Só que, com o câmera em cima, dando uma geral, colado aos foliões, nunca se via (ou se viu) o tal “samba no pé”. Estávamos mais para uma marcha sem cadência numa picada nos contrafortes do Pico do Marumbi – explica Natureza.
Mas, sejamos justos, era divertido.
Ou animado.

ENQUANTO ISSO…


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