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Lições (paralelas) da História
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Foram 24 anos sob o tacão holandês. Até que no dia 26 de janeiro de 1654 era assinado o Tratado de Taborda. Taborda porque assinado na casa de um simples pescador de nome Manuel Taborda. A invasão holandesa em Pernambuco dava os últimos suspiros. Terminaria um ano depois. Os gringos bateriam em retirada.

Voltando no tempo: invasores ameaçavam expandir a ocupação a partir de Recife. Foi aí que, em 1646, o negro Henrique Dias, o índio Antônio Felipe Camarão e o português João Fernandes Vieira decidiram unir seus guerrilheiros contra o inimigo comum. Estavam no Arraial Novo do Bom Jesus. Era a “guerra volante” em marcha, agora em escala maior, para acossar os invasores, “não os deixando respirar tranquilos”.

A guerra – de guerrilhas

O livro Guerra de Guerrilhas, de Gondin da Fonseca, parte da coleção Universidade do Povo, Editora Fulgor, 1963, aborda a reação brasileira nos primórdios. Cita, na abertura: “Como pode alguém entrar na casa do homem valente e levar dali seus bens se primeiro o não manietar?” Isso é bíblico, segundo Mateus, 12-29.

História Colonial

Já Capistrano de Abreu, em Capítulos de História Colonial, conta que, no primeiro combate, quando os grupos ainda agiam isoladamente, “a vitória ficou de nosso lado”. O combate ocorreu no monte das Tabocas, onde “muita gente combateu ainda de pau tostado e foice, por falta de espingarda”.

Frei Vicente Salvador, o primeiro historiador indígena da nossa terra, salienta por sua vez “o caráter da guerra de surpresas e emboscadas com que enfrentamos o poderosíssimo invasor e o estraçalhamos definitivamente nas duas batalhas dos Guararapes”.

E temos ainda P.M. Netscher, Lês Hollandais au Brésil:

– As perdas enormes, em proporção ao pequeno número de tropas empenhadas na batalha, fazem dela (a guerrilha) um dos combates mais mortíferos de que há notícia. Foi também o golpe mortal para o poder dos holandeses no Brasil. E pode servir contra outros possíveis aventureiros.

ENQUANTO ISSO…

 

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