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Lixo e lixo que não é
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A coisa não é de hoje. O problema é que cresce sem parar. Falando sobre a questão do lixo, o professor Afronsius citou dados do IBGE: nos últimos 10 anos, Curitiba passou a produzir mensalmente 47,4 mil toneladas de lixo. Há uma década, eram 31,7 mil toneladas. Enquanto a população aumentava cerca de 10%, o volume de lixo doméstico crescia cinco vezes mais.
Natureza Morta concordou, mas, segundo disse ter lido em algum lugar, problema mesmo seria no tempo das cavernas:
– O coitado do sujeito escalado para “colocar o lixo lá fora” invariavelmente não voltava. Havia sempre um Tiranossauro Rex à espera…
Ainda a respeito dos percalços para se livrar do lixo, o vizinho de cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha contou que um amigo, de volta de uma cidade da Itália, trouxe de lembrança uma foto. Num beco colado a uma casa, o morador, certamente irritado, pichou um baita aviso:
“Quem jogar lixo aqui é figlio de una mignotta”.
– Pela “assepsia” do local, parece que funcionou.

O caso das bananas

Também conhecido na Vila Piroquinha como CV – não, nada a ver com Comando Vermelho, mas sim CV de Cabeça de Vento -, Beronha chegou a ter dois celulares:
– Como sempre esquecia um, usava o outro para localizar o primeiro. Geralmente tocava no lixão… – explica.
Mas, como o bom CV que se preza, contou a última façanha. Involuntária. Levou bananas e mais bananas para casa, um monte.
– Madurinhas. Duas pencas.
Eram tantas que foi obrigado a fazer dois embrulhos:
– Papel de jornal, é claro.
Deixou sobre a mesa da cozinha e dedicou à faxina quinzenal (“precisando ou não”), em seu puxadinho. Concluído o serviço, colocou o lixo em sacolas de supermercado e depositou tudo na beira da calçada. Missão cumprida. Na volta – ah! hora de atacar as bananas… Não achou. Raciocínio rápido. Correu para a rua. Tarde demais. O caminhão já tinha feito a coleta e ido em frente.
Ao ouvir a história, Natureza Morta e o professor Afronsius tentaram consolar o nosso anti-herói de plantão:
– Veja pelo lado positivo. Pior seria se você pegasse o caminhão ainda parado. E os funcionários se fartando com as bananas. Já imaginou?
– É. De fato. Seria um tremendo abacaxi recuperar as bananas… Verdadeiro lixo que não é lixo.
– Banana perdida é como passarinho. Não tem dono, é de quem pegar primeiro – finalizou.

ENQUANTO ISSO…


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