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Máquina (s) de fazer doido
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No início da televisão no Brasil, Stanislaw Ponte Preta a batizou de “máquina de fazer doido”. Hoje, o que diria o saudoso Lalau sobre a internet? Máquina de fazer doido-2, a vingança? Ou máquina de fazer doido-1, 2 e 3?
Foi pensando nisso que o professor Afronsius abriu o dedo de prosa junta à cerca (viva) da Vila Piroquinha, citando uma matéria publicada na edição de ontem da Gazeta do Povo:
– De que forma você gasta o tempo on-line? Checa o e-mail compulsivamente? Assiste a um monte de vídeos? Vive pulando entre os vários aplicativos da internet, de jogos a download de arquivos e salas de bate-papo?
A partir daí, a matéria fala de um estudo sobre o bem-estar mental.

No “gap” sem saída

Beronha, que pegou o boi andando, como costuma dizer, demonstrou um leve interesse pelo assunto. Enquanto nosso anti-herói de plantão confessava ser um mestre apenas em matéria de technological gap – “de fosso e fossas eu manjo tudo” -, Natureza Morta, que também tinha lido a matéria, foi em frente. O professor Sriram Chellappan, assistente de ciências da computação da Universidade de Ciência e Tecnologia do Missouri, e o engenheiro Raghavendra Kotikalapudi, desenvolvedor de software, chegaram a uma conclusão: o padrão de uso de internet diz algo a respeito do bem-estar mental. A pesquisa sugere, especificamente, que o padrão dá dicas importantes a respeito.
– Chellappan e Raghavendra Kotikalapudi? Já pensou se fossem jogadores de futebol? Coitado dos nossos narradores de TV – arriscou Beronha.
Tentando resumir o assunto, algo meio difícil como pronunciar os nomes dos autores, Natureza disse que eles descobriram que estudantes com sinais de depressão costumam usar a internet de forma diferente de quem não apresenta tais sintomas.

Os grandes achados

Na análise estatística das pontuações de depressão e dos dados de uso da internet, os pesquisadores apontaram dois grandes achados: identificaram várias características de emprego da internet ligadas à depressão, sinalizando assim uma tendência. Caso da troca de arquivos (como filmes e músicas) em níveis elevados.
A outra descoberta foi “a existência de padrões de uso da internet estatisticamente elevados entre os participantes com sistemas depressivos, em comparação àqueles sem os sintomas”.
Um exemplo: participantes com sintomas depressivos tendiam a um emprego bastante alto do e-mail. Um outro estudo, de psicólogos, “demonstrou que conferir o e-mail com frequência pode estar ligado a níveis elevados de ansiedade, a qual em si tem a ver com os sintomas de depressão”. Outros traços característicos de comportamento “depressivo” na internet incluem quantidades maiores de tempo assistindo a vídeos, jogando e batendo papo.
E, então: a dupla acha que poderia ser desenvolvido um aplicativo que monitoraria o uso da internet e alertaria quando seus padrões de uso pudessem sinalizar sintomas de depressão. Seria uma forma “mais econômica de levar as pessoas a buscar ajuda médica de forma prematura”.
Enquanto isso não acontece, o professor Afronsius confessa que, para ele, a internet não sinaliza nada, a não ser que está ficando cada vez mais pirado quando o computador trava. Uma máquina de provocar ansiedade, isso sim.
– Sem falar de vírus… – acrescentou Natureza, para encerrar o bate-papo.

ENQUANTO ISSO…


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