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Nem o mocinho escapa
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Fã assumido de O Agente da UNCLE, o professor Afronsius não escondeu a decepção ao ver o (outrora) trepidante Illya Kuryakin engazopando no seriado NCIS, como legista.
– Merecia pelo menos a chefia do serviço…
Natureza Morta concordou. Afinal, também apreciava O Agente da UNCLE, série lançada pela NBC em 1964. Quatro anos de aventuras,105 episódios, inicialmente exibidos no Brasil pela extinta TV Excelsior, de São Paulo, início de 1966. Preto e branco, é claro.
– Kuryakin era parceiro de Napoleon Solo, interpretado por Robert Vaughn – acrescentou o solitário da Vila Piroquinha.

O velho Tio Sam

Beronha, que se juntou ao dedo de prosa junto à cerca (viva) da mansão da Vila Piroquinha, quis mais detalhes, embora nunca tenha visto o seriado.
– No meu tempo, televisão era coisa de rico, tremendo luxo.
De fato. E só mais tarde surgiu o televizinho, completou Natureza. Sem falar do biscuit com uma toalhinha com borda de crochê em cima do aparelho, como enfeite. Sobre a geladeira já estava postado o imbatível pinguim.
Voltando ao seriado, o professor Afronsius contou que a UNCLE era um serviço secreto: United Network Command for Law en Enforcement, mas remetia de imediato ao Tio Sam (Uncle Sam).
– Pois é, e agora Illya Kuryakin virou o dr. Donald “Ducky” Mallard – lamentou o professor Afronsius.
– Também, aos 79 anos nem mocinho do cinema americano detém o avanço implacável do tempo – encerrou Natureza.
Beronha bateu continência e se mandou para o Bar VIP, aquele que ele diz frequentar “ocasionalmente todos os dias”.
– Não posso perder a sessão Pica-Pau.
Na esquina, nosso anti-herói de plantão soltou o penetrante “Ê, ê, ê, ê”.

ENQUANTO ISSO…


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