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O difícil regresso
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– Sobrevivi ao supermercado e ao shopping – festejou o professor Afronsius ao voltar das compras. Isso dois dias antes do Natal.
Cometeu uma imprudência, no entanto, quando trocou a Vila Piroquinha, no aceso da festa, por uma das praias de Santa Catarina.
– Retornar foi uma prova de resistência. Ou uma corrida de obstáculos… – desabafou, retido na fila de uma das praças de pedágio. Melhor teria sido não sair de casa, penitenciou-se.

De remendos a reformas

Nesta época, repete-se nas estradas o que é comum nas grandes cidades. Sobram veículos, falta espaço. O sistema viário, antigão, não comporta a (incessante) avalanche de veículos, o que levou Natureza Morta a fazer uma comparação.
– É como o terninho de primeira comunhão. Com o tempo, o piá cresce e o terninho não acompanha. E vai passando por reformas, remendos, para ficar “maior”. A barra da calça é desfeita para ganhar alguns centímetros, a costura dos punhos idem, para esticar a manga do paletó, mas chega num ponto em que o paletó não fecha e o rapagão não cabe mais. Nem em cima nem embaixo.
Isso ocorre nas cidades e, por supuesto, nas rodovias, com seus gargalos já homéricos.

Ainda sobre roupa e “remendos”

Beronha, por sua vez, estava satisfeito. Acidentalmente, encontrou em algum lugar a receita para um problema recorrente. Não para ele.
“Como retirar manchas de vinho tinto. Não espere a mancha secar. Limpe na mesma hora com um pano úmido ou, caso seja possível, deixe água corrente cair sobre o local e esfregue até sair. Procure lavar a peça assim que possível.”
– Aprecia vinho?
– Na falta de vodka Bakunin, recorro a um velho garrafão de vinho. Caseiro. Made in Vila Piroquinha – encerrou nosso anti-herói de plantão, já preocupado com o 31 à base de vinho de colônia.

ENQUANTO ISSO…


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