• Carregando...
O novo “público”
| Foto:

Se depender da bicharada, ou melhor, desculpem, dos pets, o jornal papel não vai acabar tão cedo.

Já temos, e com uma vasta rede em Curitiba para venda (ou revenda), o Jornal Dog – com cartazes que propalam: “Jornal velho para higiene pet – disponível nas melhores bancas, revistarias e pet shops da cidade”. E média, um chumaço de jornais pesando 5 quilos custa 15 reais.

Antigamente, para quem não sabe ou lembra, havia um grande transtorno das empresas de jornais e revistas chamado encalhe: os jornais e exemplares de revista que a banquinha não vendia e eram, por supuesto, devolvidos.

Um tarefa dupla e baita prejuízo para as empresas jornalísticas: distribuir o jornal e, no dia seguinte, recolher o tal do encalhe. Quando chovia, então…

Mas, como nada se perde e tudo se transforma, as publicações em papel passaram a ter dois públicos – o de leitores e os que não estão nem aí com as notícias, comentários, fotos etc e tal. A opção preferencial é pelos bichinhos de estimação. De qualquer forma, a venda de jornal velho pode ser um avanço, posto que acabaria com as brigas nas lixeiras dos prédio atrás exemplares (velhos) de jornal. É mais cômodo comprar o tal de Jornal Dog do que encomendar uma bobina de papel por mês junto à Klabin. Ou surrupiar o jornal de assinante que amanhece todo o dia junto à porta de entrada do apartamento do vizinho.

E, quem sabe, o próximo passo seja a circulação de jornais sem fotos, textos e anúncios, todo branco, para não sujar de tinta as patinhas dos dogs e gatinhos.

ENQUANTO ISSO…

 

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]