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O voto, várias lutas
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Foi por pouco, mas não por culpa de Natureza Morta, que não abre mão de seu (sagrado) direito ao exercício do voto e, dentro do esquema de agendamento, fez seu recadastramento no TRE com a maior tranquilidade.
– Marquei com antecedência a minha ida e fui prontamente atendido, sem filas ou confusão. Parabéns ao pessoal do TRE pelo trabalho eficiente.
O mesmo não ocorreu com Beronha – e muita gente. Nosso anti-herói de plantão perdeu o prazo e teve de enfrentar filas quilométricas. “Mas estou apto para o voto. Como o Atleticon, não desisto nunca”, comemorou.

Passou raspando

O atendimento ao eleitor teve início em março de 2011, mas somente no mês passado, um dia antes do fim do prazo, Curitiba finalmente conseguiu atingir o percentual mínimo de 80% dos eleitores recadastrados para assegurar a implantação do voto biométrico. Ou seja, teremos a identificação por impressões digitais. O Tribunal Regional Eleitoral computou 1.005.213 eleitores recadastrados, de um total de 1,3 milhão de eleitores registrados na capital. Caso esse mínimo exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não fosse atingido, o voto biométrico iria pras cucuias.
Nenhuma novidade, como também não será novidade o “voto de protesto” e outras manifestações de descontentamento. A seguir, um exemplo clássico.
Como recorda a seção Achados&Perdidos, exclusiva do blog, nas eleições municipais de setembro de 1959 Cacareco foi o vereador mais votado do Brasil.
Era um rinoceronte que tinha sido levado do Rio de Janeiro para participar da inauguração do zoológico de São Paulo, no ano anterior. Mas virou uma atração com tamanha popularidade que não retornou, deixando os cariocas mordidos. O inevitável: durante a campanha, Cacareco virou o assunto, provocando muita polêmica.
Eleitores de São Paulo, desiludidos com o processo eleitoral, com candidatos que não significavam renovação, optaram pelo rinoceronte. E ele recebeu 100 mil votos. Uma glória, já que o partido mais votado não chegou a 95 mil.
A eleição, na época, era realizada com cédulas de papel. O eleitor escrevia o nome de seu candidato de preferência.
Stanislaw Ponte Preta, que escrevia no jornal Última Hora, não perdeu a oportunidade: publicou que “diversos membros da cúpula do PSP andaram rondando a jaula de Cacareco, para o colocarem no lugar de Adhemar de Barros”.
Pensando agora no Serra e no eterno bordão do Adhemar (“desta vez vamos!”), Beronha quis saber:
– O Cacareco ainda vive?

ENQUANTO ISSO…


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