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Pedalando chegaremos lá?
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Nada contra bicicletas, muito menos contra os ciclistas. Ocorre que, e não por culpa dos ciclistas, a situação (diante de uma rede de ciclovias manga curta) vai de mal a pior.
– Ou de Mao e Piao, como a revista Visão, um tempão atrás, tentou espigaçar a questão sucessória na China – lembrou o professor Afronsius.
Embora não sejam ciclistas nem mesmo adeptos do pedalim, ele e Natureza Morta têm especial interesse no assunto bike. Ambos já foram “atropelados” por bicicletas numa pista exclusiva de ônibus. Nada grave, é verdade, mas o professor Afronsius reclama até hoje:
– O pneu pegou meu joanete preferido com precisão cirúrgica…

Antes tarde do que nunca

Como foi noticiado pela BBI – briosa, brava e indormida imprensa -, o vereador Jorge Bernardi voltou à carga. Primeiro foi em 1999, mas a tentativa de regulamentar a utilização do sistema viário por bicicletas não andou. Mesmo com pareceres favoráveis das Comissões de Urbanismo e Serviços Públicos, a proposição acabou arquivada. Sem ser votada.
Desta vez, o projeto de lei colocou em pauta os direitos e deveres dos ciclistas, além de, evidentemente, cobrar do município esforços para melhorar a infra-estrutura cicloviária da capital.

Multa e apreensão

Pelo projeto, os ciclistas deverão trafegar exclusivamente por ciclovias e ciclofaixas e somente poderão passar por calçadas quando “desembarcados”. E prevê, inclusive, multa de R$ 85,13 e apreensão do veículo.
Integrantes da Associação dos Ciclistas do Alto Iguaçu, ainda segundo o noticiário, pretendem estabelecer contato com o vereador para sugerir um encontro e discutir modificações no texto do projeto. Principalmente no que tange à imposição do espaço a ser utilizado pelas bikes.
Como até o prefeito Gustavo Fruet estimula o uso da bicicleta, espera-se que a população – a que pedala, a que dirige carro ou segue no pé dois mesmo – tenha boas novas pela frente. Durante a campanha, inclusive, o então ainda não alcaide prometeu construir 300 quilômetros de ciclovias.

Só o trim-trim não resolve

Voltando aos “atropelamentos”, professor Afronsius e Natureza juram de pé junto que os ciclistas surgiram num repente – vindos na contramão.
– E não se dignaram nem a tocar a santa campainha.
Quanto a isso, ciclistas mais conscientes dizem que a campainha, mais do que uma exigência legal, “é obrigatória para evitar acidentes e estabelecer uma relação cordial com os pedestres e motoristas”.
Ressalvam, porém, que alguns pedestres costumam circular até em ciclovia com ouvidos moucos, ou seja, bloqueados por fones de ouvido. Mas nem por isso seria aconselhável utilizar uma buzina muito alta, “como as sirenes eletrônicas e as cornetas de caminhão acionadas por bomba de ar”. O ideal continua sendo a campainha de trim-trim, “aquele barulho simpático que é característico das bicicletas. Quem ouve o trim-trim sabe que é uma bicicleta”. De fato.
Beronha não concordou:
– Por mim, usaria buzina de caminhão. Fenemê…
Aguardemos, pois, o cumprimento das promessas oficiais. Até porque é mais indicado do que esperar a implantação do teletransporte. Aquele mesmo da Enterprise, nave do sr. Spock e o capitão Kirk.
Como quase tudo na vida, pedalar é bom e faz bem. O que complica é o ser humano. Tanto que, além dos barbeiros ao volante e das bicicletas, temos um novo tipo de conflito embrulhante, o skate praticado cada vez mais em lugares totalmente impróprios e absurdos. Caso de escadarias de prédios e de igrejas.

ENQUANTO ISSO…


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