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Quem tem medo do chuveiro?
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Ao contrário daqueles que circulam pelas ilhas gregas…
– Alô, doutor Albino, em mais um périplo? Quer saber Beronha.
Voltando ao início: ao contrário daqueles que circulam pelas ilhas gregas, o curitibano – e principalmente quem está de passagem – sofre pra danar na hora de encarar o chuveiro.

Síndrome

Com o frio dos últimos dias, surge a síndrome do banheiro, ou síndrome do banheiro de Psicose. Natureza explica: é o medo do chuveiro do filme de Alfred Hitchcock.
Tomar banho no inverno curitibano lembra Janet Leigh na clássica cena. É aterrador, apavorante. O cabôco se sente à espera das punhaladas de Norman Bates (Anthony Perkins), travestido da senhora sua mãe (a dele).
Psycho é de 1960, mas continua imbatível. Apenas para o assassinato na banheira foram 70 tomadas, para um minuto de filme. E, mais um toque diabólico do mestre Hitchcock, o filme foi rodado em preto e branco para não chocar a platéia no momento em que o sangue de Marion (Leigh) escorre com a água pelo ralo. Lembrando-se dos corriqueiros banhos de sangue dos filmes de hoje, pode-se ter uma régua para medir a genialidade do velho Hitch.

Exceção

Para o solitário da Vila Piroquinha, em Curitiba só não treme ao enfrentar o chuveiro quem teve a experiência do cabôco da base, que desde pequeno tomava banho de rio (e não apenas no verão).
Aliás, Beronha, nosso anti-herói de plantão, confessa que só toma banho no sábado:
– Precisando ou não…
E, como falamos em périplo, certa feita, em Tóquio, um brasileiro encontra outro brasileiro, coincidentemente o autor do texto. O primeiro é gaúcho, o segundo, curitibano por adoção. De cara quer saber:
– Aquele o ventinho frio, de matar, continua marcando ponto e fazendo a curva na esquina da Rua XV com a Monsenhor Celso?
Pois é, continua.

ENQUANTO ISSO…


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