Sai BC, entra ABC. E aí?

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Depois de dar um susto em muita gente (multa de R$ 127,69 e perda, ou perca, como diz Beronha, de 5 pontos na carteira de habilitação), o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) decidiu na segunda-feira adiar por 90 dias a obrigatoriedade do uso do extintor de incêndio veicular com carga ABC. O adiamento será contado após a publicação de uma nova resolução, mas o órgão informou que já não multará quem dirigir hoje sem o equipamento. Motivo: a dificuldade de encontrar o tal do bendito extintor.

Como se sabe, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) tornou obrigatório o uso desse tipo de extintor a partir de 1º de janeiro. Com isso, motoristas que reclamavam da dificuldade de encontrar o extintor terão mais tempo para equipar o carro.

Já empunhou um extintor?

Mais avançados que o BC, os extintores com carga ABC têm capacidade de combater princípios de incêndio em materiais sólidos, líquidos inflamáveis e equipamentos energizados.

– Deveriam, também, combater os malas, chatos e congêneres que vão de carona – arriscou Natureza Morta.

De qualquer modo, a recomendação vale para carros que tenham dez anos ou mais, uma vez que, desde 2005, os veículos produzidos no país já saem de fábrica com o extintor recomendado.

O busílis da questão, apontado pelo professor Afronsius:

– Você sabe manejar um extintor ou conhece alguém que saiba?

De fato. Extintor veicular (sic) é como o extintor (e as mangueiras) que decora os corredores de edifícios. Numa emergência, quantas pessoas saberiam manipular corretamente o dito cujo?

Um especialista no assunto explica que há vários tipos de extintores, mas ninguém precisa ficar decorando nada. Segundo ele. “Basta ler o que está escrito no cilindro”. E conferir no manômetro se está carregado. Manômetro? É, é aquele pequeno relógio. Se estiver no nível verde, Ok.

OK? A questão é ter calma, sangue frio, algum preparo e iniciativa para descascar o abacaxi.

Beronha, de certa feita, no boteco que diz frequentar ocasionalmente todos os dias, percebeu que a coisa estava virando uma fogueira. Nosso anti-herói de plantão não teve dúvida. Apontou para o extintor e gritou:

– Tá lá! Vai que é tua,Taffarel!

E saiu correndo. Consta que, do boteco, restou um monte de cinzas.

Isto posto, que tal na liberação da carteira de habilitação um breve cursinho sobre o que é e como utilizar um extintor corretamente?

ENQUANTO ISSO…