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Salada mista
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Os menores frascos guardam os melhores perfumes. Natureza Morta voltou a confirmar que o ditado procede ao ler um box de uma matéria de jornal. Estava lendo, na verdade, quando dava uma chopinhada no caderno de economia do Estadão, que o amigo Oscar Aranha nunca deixa de sobraçar quando sai de casa. Mas só fica na parte de economia.
O solitário da Vila Piroquinha ficou sabendo, então, que: para produzir o equivalente a duas colheres de sopa de azeite é preciso moer até duas mil azeitonas. E que uma oliveira produz por safra uma média de 30 quilos da fruta, resultando cerca de 5 litros de azeite.
Pelo compacto tamanho de uma azeitona e sua importância, associou o azeite aos frascos de perfume.
Beronha, que também ignorava o assunto azeitona, resolveu meter a colher:
– É, mas além dos melhores perfumes, os menores frascos também podem guardar os piores venenos…

Mercado em expansão

Voltando à reportagem. A empresa Gallo, com sede em Abrantes, depende do Brasil para crescer: o nosso mercado responde por 40% das vendas da empresa portuguesa.
Abrantes? Beronha mete a colher (de pau) outra vez:
– Tudo como dantes no quartel de Abrantes…
Natureza agradece e dá o significado do velho ditado: é o que permanece igual, sem alteração. Os portugueses recorriam a essa expressão quando perguntados como andavam as coisas no país. Isso em 1807, durante a invasão francesa comandada pelo general Junot, que decidiu acantonar suas tropas em Abrantes.
Hoje com 20 mil habitantes, Abrantes fica no distrito de Santarém, no Médio Tejo, região central.
Aí entra em cena a seção Achados&Perdidos, informando que a origem da oliveira, na sua forma primitiva, remonta à Era Terciária, anterior, portanto, ao aparecimento do homem.
E que, há milhares de anos, o azeite já era usado na Mesopotâmia como protetor contra o frio e para as batalhas. Os guerreiros partiam untados de óleo.
– Chega! Chega dessa salada mista! – decretou Natureza, botando nosso anti-herói de plantão para correr.
Ou passando sebo nas canelas. Azeite? Nem pensar.

ENQUANTO ISSO…


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