Talvez em decorrência de algum excesso nas comemorações de passagem do ano, Schnaps, o cãozinho de estimação do professor Afronsius, andou passando mal. Foi conduzido ao veterinário.
Lá, após ser examinado, foi liberado. Com uma receita a ser utilizada caso voltasse a apresentar um “quadro de engulhos após a refeição”.
Ato seguinte, a caminho da farmácia, professor Afronsius não resistiu: leu a receita e, para sua surpresa, constatou que a medicação começava pelo Plasil – ou cloridrato de metoclopramida, para quem entende. Remédio que age no sistema digestório no alívio de náuseas e vômitos.
Ficou espantado. Tratar cachorro com remédio de gente? Não que gente seja melhor que cachorro, por supuesto.
Mas, enfim, com o mundo pet em permanente expansão, há muito bicho deixou de ser animal.
E, na farmácia, ao pagar o Plasil, o caixa quis saber:
– Quer CPF na nota?
– CPF? O meu CPF ou o CPF do cachorro?
Sinal dos tempos. Afinal, até a velha coleira sumiu do mapa. Hoje, é guia.
ENQUANTO ISSO…
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