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Última sessão de cinema?
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Em Londres, depois de visitar o Museu de Cera Madame Tussauds, o turista é convidado para uma sessão de cinema: cinema 4 D. Com cadeira balançando inesperadamente, cutucadas nas costas, pingos de água e vento no rosto. Mais tarde, muita gente concluiu: o fim do cinema tradicional está próximo. Ou já chegou.

Vai daí que, dias atrás, professor Afronsius tratou de ler, na Agência Brasil, a entrevista do cineasta Walter Carvalho, quando da abertura do 48.º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Falando à repórter Cibele Tenório, abordou as novas tecnologias. Uma ameaça?

– Eu não acho que as novas tecnologias vão matar o cinema. O cinema nunca vai acabar. O mistério da imagem numa sala escura, com uma história numa tela grande que faz com que você se apaixone, se identifique, isso nunca vai acabar. Eu acho que muda a estrutura do cinema, a maneira de distribuição, e a maneira de circulação dos filmes.

O filme de hoje, ontem e de anteontem

Tomara que não, pensou Afronsius com seus botões. E, mais uma vez, para dar a dimensão dos avanços tecnológicos, recorreu ao livro Cinema – Entre a realidade e o artifício, de Luiz Carlos Merten.

Um dos filmes também marcantes do ponto de vista técnico é E o Vento Levou (Gone With The Wind), de 1939. Dirigido por Victor Fleming, tinha no elenco Clark Gable, Vivien Leigh, Leslie Howard e Olivia de Havilland. Quem aprecia cinema, por supuesto, sabe disso, mas o que poucos devem saber foi a tremenda mão de obra que deu fazer a cena que abre o filme.

Enquanto Scarlett O’Hara caminha entre os corpos de sobreviventes da batalha de Gettysburg, a câmera acompanha a personagem e com um travelling aéreo.

Como ainda não tinham inventado a grua para uma câmera tão pesada, recorreu-se a um guindaste com uma pá carregadeira que, à medida que descia suavemente por uma longa rampa de concreto armado, chegava a atingir 43 metros de altura. Enquanto o mostrengo entrava no buraco, a pá erguia a câmera, possibilitando uma tomada do nível do chão até o alto.

Já na sequência, veio a dublagem dos filmes. Que continua dando o que falar. Falar contra.

ENQUANTO ISSO…

 

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