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Um baiano bem mineiro
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Maior da história, o Exame Nacional do Ensino Médio – Enem 2014 – registrou 8,5 milhões de inscrições em todo o Brasil. No Paraná, 406 mil. E não é que, acidentalmente, o professor Afronsius teve o prazer de conhecer em Curitiba um desses 406 mil?

Subindo (e que subida, meu!) a Rua Campos Sales, no Juvevê, em direção à Rua Dr. Manoel Pedro, eis que, em sentido contrário, vem um cidadão. Na mão, uma folha de papel:

– Bom dia.

– Bom dia.

– O senhor mora no bairro?

– Não, mas conheço a região muito bem.

Aí, o cidadão meio calvo, cabelos brancos, afrodescendente, como se diz hoje, mostra o papel. E expande o sorriso:

– Ótimo. Poderia me dizer onde fica a Rua Marechal Mallet? Procuro o Colégio Estadual Loureiro Fernandes.

– Sim, claro. O senhor continua descendo a rua e, na segunda quadra, dobra à direita. Segue em frente 3 quadras, a terceira é a Mallet. Dobra à direita e chega ao Loureiro Fernandes.

– Muito obrigado. É que estou fazendo a prova do Enem. (abre um sorriso) Olha que eu tenho 53 anos…

– Parabéns. Mas, a pé, não vai chegar atrasado?

– Não, a prova é a uma da tarde. São 10 e meia. Dá tempo. É que não sou mineiro, sou baiano, mas acordo cedo para nunca perder o trem…

– Boa sorte.

– Obrigado.

E seguiu sorridente, passos firmes, confiante. Um brasileiro, antes de tudo.

ENQUANTO ISSO…

10 de novembro

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