• Carregando...
Uma terça como poucas
| Foto:

Curitiba, 7 de junho, terça-feira. Um dia para nunca esquecer. Lá pela hora do almoço (mera coincidência), Beronha chegou à mansão da Vila Piroquinha esbaforido. E trombeteando:
– É o fim do mundo! Chegou, ele chegou, é o fim do mundo!
Depois, mais calmo, narrou para o solitário da Vila Piroquinha o que tinha visto e sofrido na rua.
A saber: o trânsito mais caótico do que o de costume. Táxi livre? Nem pensar. Ônibus no horário? Impossível. Gente? O mínimo indispensável para a capital não receber, com inteira procedência, o epíteto cidade fantasma.

A escolher

O que sobrou mesmo pelas ruas foi guarda-chuva. Restos. Dezenas, centenas deles, virados do lado do avesso pela ventania. Abandonados, em frangalhos. Os vendedores, não apareceram.
Chuva e vento que pareciam não ter fim, e tudo acompanhado por um frio de rachar que já marcava presença na véspera.
– Haja cachaça, concluiu Beronha, encerrando o relatório.
Natureza Morta procurou tranqüilizar o visitante. Falou sobre a previsão (mais uma) de que o mundo iria acabar no dia 21 de maio de 2011. Algo deu errado, posto que a gente ainda continua por aqui. Beronha quis saber se, por um acaso, não teriam transferido a data para esta semana.
– Impossível. A agenda lá de cima parece estar completamente tomada por outros acontecimentos mais relevantes.
Ainda um tanto indócil, nosso anti-herói ainda arriscou, enquanto forrava com jornal os sapatos encharcados:
– Bem, então só falta o sargento Garcia prender o Zorro.
– É, aí sim vai ser um dia histórico.

Algo no ar

E não é que cinzas do vulcão Puyehue-Caulle, localizado no Chile, próximo à fronteira com a Argentina, afetaram voos entre Brasil e Argentina na terça-feira? Quatro chegadas – três de Buenos Aires e uma de Córdoba – foram canceladas no Aeroporto do Galeão, no Rio.
Beronha arriscou:
– É, a tal globalização é pra valer…

ENQUANTO ISSO…


0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]