• Carregando...
Diversão garantida a preço de banana
| Foto:
Divulgação/Nitendo
Kong e Diddy em ação: Donkey Kong Country Returns agrada os saudosistas, mas não só eles

Agora é oficial: os jogos de plataforma lateral foram resgatados do ostracismo.

Por isso, o nome do mais recente jogo do Wii, Donkey Kong Country Returns, faz todo o sentido. A velha e boa diversão em andar em dois eixos, deixada para trás com a ascensão da era Playstation, está de volta. Não há espaço para dúvidas ou escolha. É só andar para a direita sem morrer.

O retorno em grande estilo não é só da movimentação co­­nhe­­cida como “side-scrolling”. Também marca a volta do mais famoso primata dos mundos dos games, que completa nos próximos meses 30 anos de serviços prestados à indústria – a primeira aparição aconteceu nos fliperamas em 1981, quando ainda era vilão e arqui-inimigo de Mario, no clássico Donkey Kong. E o tempo fez bem para a série, que mostra que sempre é preciso repensar o que está dando certo antes que dê errado. Essa autoanálise foi buscar num dos maiores sucessos do falecido Super Nintendo, em Donkey Kong Country, de 1994, a inspiração para renascer em grande estilo.

Na nova aventura, seres expelidos do vulcão da ilha de Kong hipnotizam os animais locais, que são levados a roubar todo estoque de banana das imediações. Donkey Kong fica revoltado ao notar o repentino sumiço de sua provisão e, com a ajuda de seu fiel amigo, o simpático chimpanzé Diddy, resolve ir atrás dos ladrões. Esta introdução é apresentada num pequeno filme de poucos segundos.

Depois, como já dito no primeiro parágrafo, é correr pra direita.

Quem teve o prazer de jogar a versão de 1994 notará que quase tudo de bom está lá, com exceção de algumas poucas fases, como a da neve. As novidades, no entanto, superam com sobras qualquer esquecimento por parte da equipe de desenvolvedores. Co­­meçando pelos novos poderes do gorilão, que agora pode assoprar, rolar e bater com força os braços no chão para destruir tu­­do ao redor. Quando jogado por apenas uma pessoa, Diddy se agarra nas costas de Kong, o que acaba dobrando as barras de energia, tornando menos difícil o desafio.

Durante os saltos, um foguete acionado pelo chimpanzé permite ir mais longe. Se jogado em dupla, o segundo jogador controlará os movimentos de Diddy. Velhos companheiros, como o rinoceronte Rambi, também dão as caras, mesmo que por breves momentos.

A qualidade técnica de DKCR é superior à maioria dos lançamentos, incluindo grandes figurões, como a série Metroid. Os pequenos detalhes de jogabilidade formam um conjunto bem acabado e tornam a aventura criativa e bem diversificada, como o uso dos barris, que levam Kong para outros planos da tela, numa visão mais afastada do espectador, e os foguetes que fazem os personagens voar pelo cenário. O uso de recursos de aproximação de lente (zoom in e zoom out) ajuda a dar velocidade à narrativa. Certamente, é um dos jogos mais bonitos, ao lado de Kirby’s Epic Yarn, que o Wii já recebeu.

A quarta fase merece uma atenção especial. Inspirada abertamente na direção de arte de Limbo, já analisado nesta coluna, apenas as silhuetas dos personagens e do cenário são destacadas em primeiro plano, criando um efeito visual magnífico ao se contrastar com pôr do sol ao fundo, efeito que deve ser copiado em muitos jogos daqui pra frente.

Outra característica que deve agradar os mais saudosistas foi o aumento na dificuldade. O objetivo principal é chegar até o fi­­nal. Mas é necessário um bom esforço para vencer todos os de­­safios e conseguir chegar ao má­­ximo da pontuação, com 200%. Para isso, o jogador terá que prestar atenção em passagens secretas, coletar todos os itens que encontrar pela frente, fazer compras na loja e vencer os minigames que aparecem no meio do caminho.

– Alguém aí ainda usa o Twitter?

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]