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Diversão nerd punk
| Foto:
Capcom/Divulgação
Travis Touchdown (à direita) em ação em No More Heroes 2: a jogabilidade poderia ser melhor com Motion Plus

Mais que um bom jogo, No More Heroes foi ousado ao ser um dos pioneiros em romper a barreira invisível que impedia o lançamento de títulos com temática mais adulta no Wii. Desde então, o console da Nintendo passou a receber um número relevante de histórias mais aprimoradas, como os recentes Silent Hill e Dead Space: Extraction. Outra barreira que parecia existir era a pouca vendagem deste tipo de jogo. No entanto, a produtora Sudo 51 colocou no mercado, em janeiro, No More Heroes 2: Desperate Struggle, o que leva a acreditar que o primeiro arrecadou uns bons trocados.

A primeira versão agradou em cheio a crítica especializada. Trazia uma história um pouco “nonsense” sobre um nerd que virava um lutador samurai após comprar uma espada parecida com os sabres de luz da série Guerra nas Estrelas pela internet. O objetivo era ser o número um em um ranking de assassinos. Com um bom uso do sensor de movimento, o personagem fatiava os inimigos e enchia a tela com litros de sangue. Era bem acabado e com uma jogabilidade precisa. Um dos poucos pontos negativos eram os momentos sem ação entre os objetivos, nos quais o jogador tinha que correr por um longo período por cenários sem interatividade. No More Heroes 2 chega justamente para corrigir esse pequeno problema e dar mais gás na luta de espadas, tornando o título ainda mais violento e insano.

Três anos após a primeira aventura, o nerd com visual punk Travis Touchdown usará sua espada para vingar a morte do seu melhor amigo, morto de forma misteriosa por poderosos empresários da cidade de Santa Destroy, onde se passa toda a ação. O ranking dos melhores assassinos foi ampliado de 11 para 51 posições. Para subir de posição é preciso enfrentar o maior número de inimigos e acabar com os confrontos de maneira mais rápida e dolorosa possível.

Um dos aprimoramentos desta versão foi o encurtamento no tempo entre missões, dando mais foco nos combates. Foi retirada a possibilidade de passear nos cenários de Santa Destroy. Para se locomover é necessário acessar menus que levam automaticamente para a próxima fase. Também foi abolido o pagamento de taxas para se inscrever nas lutas que valem posições no ranking. Outra novidade: inclusão de minigames que aumentam as habilidades de Travis e permitem que se ganhe dinheiro para trocar roupas e equipamentos. Destaque para o visual destes pequenos jogos, todos baseados nos clássicos da era 8-bits. Com mais recursos, por exemplo, pode-se comprar diferentes espadas, que mudam consideravelmente as formas de combate. Uma espada mais leve dá mais agilidade, já uma outra com uma lâmina mais pesada gera danos maiores nos adversários, mas é mais lenta.

No More Heroes 2: Desperate Struggle melhorou em quase todos os quesitos em relação ao primeiro jogo, que era considerado um dos melhores para o videogame da Nintendo. Tem cerca de 15 horas de diversão até que se complete todo o roteiro. Tempo que pode ser estendido caso algum minigame cative o jogador. A produtora, porém, poderia ter investido mais recursos para tentar fazer o jogo ser compatível com o Motion Plus, acessório que permite maior precisão no sensor de movimento do Wii. Lutas de espadas são perfeitas para esse tipo de controle, como pode ser visto nos recentes vídeos divulgados de Red Steel 2. A arma faz exatamente o mesmo movimento que o jogador faz. Foi o que faltou para o jogo tirar nota dez.

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