Acompanhei por cima o lançamento do magnífico e deslumbrante aparelho que toda a comunidade geek falava há meses. Era a nova tábua de Moises. O céu cairia com a revelação que Steve Jobs daria nesta quarta-feira. A legião macmaníaca já se preparava para uma peregrinação às lojas, os templos modernos. Eis que, numa grande sacanagem do destino, falhou. O messias ficou parecendo o Inri Cristo de Curitiba (Ó, Paaaai!).
Tudo porque o que foi mostrado não era nada de mais, quase uma heresia pagã. O iPad vende a mesma ideia que a Microsoft tentou aplicar há uns cinco anos com os Tablets PC. Qual a real diferença? Não há, somente que o produto da Apple não tem teclado.
Os gurus da internet, aqueles blogueiros de tecnologia que volta e meia se comprometem com uma análise patrocinada, diziam que seria a nova revolução tecnológica. Outros previam que seria um “Kindle Killer”. Como diria Elaine Benes, “fake, fake, fake”.
Vejamos as principais características dos iPads: tela touchscreen de 10 polegadas, conexão 3g e… ah sim, vem com uma loja virtual. Tudo isso por módicos U$ 629. Lembrou-me muito os netbooks que, com a mesma configuração e tamanho, custam a metade do preço e têm a mesma autonomia de bateria.
Há algumas poucas horas estou tentando entender por que o iPhone de Itu seria um sucesso, UM novo iPod. Como não encontrei uma resposta, sentencio: vai fracassar vergonhosamente.
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