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Tatsunoko vs. Capcom: dois mundos em colisão
| Foto:
Capcom/Divulgação
Tela do jogo: o controle clássico do Wii se revela um joystick perfeito para lutas, resultando em uma boa jogabilidade

Os fãs de jogos de luta em 2D tiveram que esperar longos meses para colocar as mãos num dos melhores títulos da categoria no Nintendo Wii. Tatsunoko vs. Cap­­com: Ultimate All-Stars apareceu primeiramente nas prateleiras japonesas em dezembro de 2008, o que levou a uma disseminação em cópias piratas pelo mundo afora, mas só chegou oficialmente ao ocidente em janeiro último. A torcida era para que a produtora Capcom não mexesse em nada da mecânica e apenas traduzisse menus e legendas para inglês. Foi o que aconteceu. Como dizem, em time que está ganhando não se mexe.

Tatsunoko vs. Capcom faz parte de uma série que mistura dois universos de personagens, algo que acontece com certa frequência nos quadrinhos quando misturam, por exemplo, os he­­róis da Marvel com os da DC Co­­mics. Neste caso, de um lado en­­contramos os protagonistas de vários jogos de sucessos da Cap­­com, co­­mo o carateca Ryo (Street Fighter) e o robô Zero (Me­­ga Man X). Do uni­­­­verso Tatsu­­noko, um dos mais cultuados mangás no Ja­­pão, aparecem Ken the Eagle (Scien­­ce Nin­­ja Team Gatchaman) e Casshan (Neo-Human Casshern), pouco conhecidos no ocidente. Ao todo, são 26 lutadores jogáveis.

Apesar de a jogabilidade ser baseada nos clássicos 2D, o jogo está numa categoria que se convencionou chamar de 2,5 D, pois a renderização dos personagem e dos cenários é toda construída em três dimensões. Só a movimentação é limitada em dois eixos, horizontal e vertical.

Divulgação

Existem basicamente três grandes pontos positivo no lançamento: jogabilidade variada, qualidade gráfica e bom desempenho multiplayer. O coração dos jogos de luta é uma boa calibragem entre variedade de golpes e nivelamento dos oponentes. Neste quesito, Tatsunoko vs. Capcom é um dos é um dos me­­lhores jogos de luta da geração, equivalendo ao Street Fighter 4 (PS3 e Xbox 360). Há uma boa gama de lutadores com características bem diferenciadas. Pode-se trocar de personagem no meio de uma luta e até jogar com dois ao mesmo tempo para aplicar uma sequência de golpes para derrubar o adversário. O controle clássico do Wii, vendido separadamente, se torna quase perfeito para soltar magias e combos. Por sinal, se revela um dos melhores joysticks para lutas, lembrando muito o do clássico Super Nintendo, mas com direcionais analógicos e com botões muito mais macios.

Mesmo fazendo a transição para modelagem em 3D, os lutadores mantêm as personalidades intactas com o uso de um filtro conhecido como Cel-Shading. A transição do mundo plano para o tridimensional normalmente gera uma perda na “graça” de al­­guns personagens. O visual dos cenários e dos golpes abusa de luzes e cores sem nunca deixar o jogador se perder em meio à ação.

Por último, vale lembrar que este é um dos poucos títulos bem resolvidos no quesito de partidas online. Na maioria dos casos, as disputas pela internet ocorrem sem sobressaltos, parecendo que se está jogando com um adversário localmente. Uma das poucas mudanças em relação à versão japonesa foi a remoção de minigames e de algumas animações quando se chega ao fim do game. Provavelmente os itens foram removidos por problemas de dublagem. Os fãs pouco se im­­portaram, pois puderam finalmente maltratar o joystick com um dos melhores jogos de luta da atualidade.

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