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Por vezes é até bom não trabalhar nem ter compromissos no fim de semana. Ficar quieto consigo mesmo e com o que você quiser fazer. Quase não pus os pés para fora e descobri coisas interessantes nos meios eletrônicos, que divido com vocês.

Começo com um jogo de vôlei. A decisão da Liga masculina que reunia de um lado da rede o Cimed, de Florianópolis, e de outro o Minas Tênis, de Belô. A primeira constatação: legal que o vôlei tem uma decisão sem nenhum time de Sao Paulo ou Rio. Sinal que o esporte está se “espraiando”, como diriam os catarinenses, ou “espaiando”, como diriam os belorizontinos.

Mas o que mais chamou a atenção foi o lado humano da competição. O Minas ganhou por 3 a 0, com alguma dificuldade. Entre os seus seis titulares, dois com histórias dramáticas. O oposto (é um cara que joga numa das pontas da rede, para simplificar) Samuel jogava sob o impacto da notícia da morte de seu irmão em uma acidente de motocicleta, em Londrina. A cada ponto que fazia, nenhum sorriso, o abraço dos colegas só acentuava ainda mais o ar compungido dele. Trabalhava com tristeza, mas fazia o trabalho. Foi uma vitória e uma conquista de campeonato triste, pois sabia que sairia da quadra direto para o velório do irmão. E ele, triste, jogou bem.

A outra história dramática é mais alegre, de superação. O ponta Minuzzi, um dos melhores da partida, extravasava e comemorava cada ponto como se fosse uma vitória pessoal. Não podia ser diferente. No ano passado, estava numa mesa de cirurgia com um médico debruçado sobre o seu coração. Isso mesmo, foi operado do coração e voltou a jogar e a ser campeão e cotado a voltar para a seleção. Ao contrário do colega de time, para ele foi uma vitória e uma conquista de superação, de alegria.

Minuzzi dedicou a vitória a Samuel. E tem quem diga que o esporte não nos ensina nada.

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