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O mês do synthpop em Curitiba
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Da coluna Acordes Locais, publicada às quartas, no Caderno G, da Gazeta do Povo:

Electro rock, electro pop e, agora, synthpop. São alguns dos rótulos utilizados para descrever o encontro do pop e do rock com a música eletrônica e o sintetizador. Não é nada moderno, como se pode pensar.

A música entrou nos laboratórios mais ou menos junto com o surgimento do rádio. Desde aquela época, houve muitas experimentações. No início do século 20, o russo Lev Thermen, que ficou mais conhecido na Europa como Léon Theremin, inventou um instrumento que levou o nome de teremin. Usado até hoje, responde a impulsos elétricos e interferências causadas pelo próprio corpo humano ao se aproximar de uma antena. Foi, digamos, o avô do sintetizador como o conhecemos hoje.

Muitos anos e alguns grupos alemães de nomes estranhos depois, o electro, ou synth, está em alta e muito presente em Curitiba neste mês de maio. Coincidentemente, três bandas estão em plena atividade e lançando trabalhos ao mesmo tempo, todos ligados ao synthpop. Vamos a eles.

Divulgação
Formada em 2008, a banda ParanoiKa faz rock com sintetizadores

ParanoiKa (www.paranoika.com.br) – A banda formada em 2008 por Karla Hill (vocal), Cesar Mattos (guitarra e sintetizadores), Joel Jr. (bateria) e Carlos Kolb (baixo) está lançando seu primeiro disco. São 13 músicas, algumas delas já conhecidas por quem acompanha a banda pela internet. Influências, além das óbvias que vêm pelo sintetizador, também de rock mais clássico e de indie rock, com levadas de trip-hop.

O álbum já está disponível para ser baixado pelo site da banda. Ela também fará o lançamento do produto físico, ainda sem data marcada. Há videoclipes simples e bons rolando pela internet. A Paranoika compõe em inglês e português e tem músicas que não fazem feio em pistas de dança.

Mixtape (www.mixtapeofficial.com) – A banda começou também em 2008, como um power trio de rock cantando em português, mas se transmutou em um duo e adotou o eletrônico como base há cerca de um ano e meio. Pris Elias (vocal, guitarra e teclados) e Helen Negrão (baixo, synths e programação) tiveram de se refazer ao adotar os aparelhinhos diabólicos que estão na base de suas novas músicas.

Elas estão lançando, aos poucos, pelo Soundcloud, o seu novo trabalho, que é o álbum Find Your Own Way Home. Será uma canção nova a cada sexta-feira até o dia 21 de maio, quando o disco ficará disponível integralmente. Têm um trabalho mais pop e já fez algumas homenagens a ícones como Madonna – há clipes disponíveis na internet. Tem tudo para tocar nas rádios, em qualquer FM pop.

Chanceller (chanceller.tnb.art.br) – Banda nova, com gente experiente, que tem forte inspiração em Depeche Mode. Após um EP e um single, a banda capitaneada por Luciano Saul Cardozo está lançando, no próximo sábado, no Front Bar (R. Treze de Maio, 940), em Curitiba, seu primeiro álbum, chamado Painted in Black (o nome lembra, mas não tem nada a ver com Rolling Stones).

Das três, é a banda que mais se apoia nos teclados. Usa e abusa deles, o que a deixa com uma sonoridade mais oitentista e cria climas que variam do dark ao dance. Após o lançamento em Curitiba pretende excursionar pelo país.

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