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Eles estão em todo lugar
Onipresentes e inaparentes
Tal joio no trigal, ninguém os quer
São estatísticas a alimentar outras tantas
Sustento do proselitismo, da desfaçatez
Alguns poucos se condoem, raros os aceitam
Sua presença desperta suspeita, senão repulsa
Estão em todo lugar, mas ninguém os vê
Legião presa no vácuo entre o ser e o existir
Tantos e tão invisíveis
Convenientemente detrás do espelho
Encobertos pela ojeriza à gente de história rasa
Causa-nos náuseas vê-los antes do almoço
Queremo-os onde não alcança a vista
Mas estão sempre a nos espreitar
Cadáveres insepultos obstruindo calçadas
Em todo lugar jaz alguém que nunca existiu
Quando muito um lampejo
de vida no click do fotógrafo

Este belo texto acima é do jornalista Mauri König, aqui da Gazeta do Povo. Você sabe a que ele se refere?

Mistério – enviem suas sugestões – e depois eu explico.

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