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Férias e saúde. Como vão as suas?
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David CastilloO período de fim de ano invariavelmente nos remete a algumas situações: Natal, Ano Novo, planejamento do ano seguinte, avaliação do ano que passou, férias. Não é difícil chegarmos aos últimos meses do ano e, após muitos percalços, estresse e reviravoltas, nos sentirmos esgotados. Após tanto tempo de dedicação, o descanso é merecido – visto que algumas profissões têm rotinas extremamente estressantes e desgastantes. Aliás, nossa saúde física e mental está diretamente relacionadas ao desempenho no trabalho.

Essa preocupação com nós mesmos geralmente só vem à tona quando somos postos à prova ou ficamos doentes. “Tenho trabalhado tanto e me dedicado tão pouco à família” e “Deveria sair e me divertir mais vezes com meus amigos” são frases que costumo ouvir com frequência de muitos profissionais que estão à beira de uma crise interna, ou já foram afetados por algo.

Por isso, aproveite esta época de feriados para refletir sobre a própria saúde e bem-estar. Elaborei, logo abaixo, algumas perguntas para ajudar neste exercício.

Como foi seu histórico de saúde neste ano?

Se você já conhece as enfermeiras do hospital pelo nome e as visitas ao pronto-socorro acontecem com certa frequência, o alerta está mais do que ligado. É sabido que nossas emoções, positivas ou negativas, desencadeiam manifestações em nosso corpo. Avaliar se estas avarias surgiram do âmbito pessoal ou profissional é fundamental, para que a correção ou atenuação do problema seja mais eficiente. Isso nos leva à segunda questão.

Os problemas de saúde estão relacionados ao trabalho?

Uma rápida busca pela internet comprova o acréscimo no número de afastamentos em decorrência do estresse: mais de 100 mil pessoas no primeiro semestre de 2011, segundo a International Stress Management Association (Isma-BR). Este é apenas um exemplo, e de um problema. Há uma série de fatores que podem influir em nossa saúde: condições de trabalho, clima organizacional, carga horária, pressão por resultados.

Geralmente somos expostos a todos estes fatores, em maior ou menor proporção para cada um deles. Também lidamos com cada fator de uma maneira diferente, com diferentes níveis de tolerância. Sendo assim, identificar qual dos fatores está nos tirando do equilíbrio interno é importante para pesar coisas ainda mais importantes, como a próxima questão.

Esse trabalho está realmente te fazendo bem?

Todos nós temos limites de tolerância para lidar com as situações as quais somos expostos: físicos, psicológicos, éticos e até mesmo nossos princípios são colocados à prova às vezes. Os fatores apontados na última pergunta (condições de trabalho, clima organizacional, carga horária, pressão por resultados), quando estimulados de maneira extrema, para além de nossos limites, podem fazer qualquer profissional questionar se realmente vale à pena permanecer no trabalho, independentemente das condições financeiras proporcionadas pela função.

A vinda de um novo ano pode significar uma virada de página neste processo de mudança. Antes de pensar na própria capacidade de tolerância e de continuar fazendo algo que incomoda por mais algum tempo, responda: “O que te dói mais: permanecer na sua situação atual por mais um ano, dois anos, três anos, ou buscar agora uma alternativa que satisfaça melhor os âmbitos pessoal e profissional?”.

Férias: mais que descanso, uma terapia

Há inúmeras pesquisas que comprovam o benefício do descanso em suas diferentes formas. Relaxar estimula o pensamento criativo. Além disso, uma noite de sono de qualidade não só revigora a energia, como também recupera as funções cerebrais de memória, concentração, e mantém o humor em um patamar mais agradável.

Cabe ressaltar também a importância de acharmos “válvulas de escape”, que ajudam muito nesse processo de relaxar. De maneira geral, precisamos diariamente de uma válvula de escape mental, semanalmente de uma válvula de escape corporal e anualmente de uma válvula de escape laboral.

Talvez “equilíbrio” seja a palavra mais adequada para colocar aqui. Da mesma maneira que cada um tem sua necessidade diária de horas de sono, o tempo e a maneira de descansar que cada um precisa também são relativos. Somos postos diariamente à prova, em nossos diferentes âmbitos. Qual deles você está realmente precisando priorizar neste momento?

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