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Não há forma mais sincera de enaltecer uma pessoa do que fazê-lo por meio de um elogio. Segundo estudiosos desta ‘arte’, ao ser agraciado com tal atitude, o corpo humano libera substâncias que refletem diretamente no bem-estar. Ou seja, é bom demais ser elogiado.

Mas a cultura do elogio dentro das organizações ainda é pouco vivenciada. Muitas ainda não o adotaram, outras que o fazem, acabam por realizar de forma deturpada, muitas vezes trazendo um efeito contrário ao que se deseja. E outro grupo ainda, acredita que isso não passa de uma grande besteira e que os profissionais não fazem mais que sua obrigação.

Elogiar pode sim mudar o ambiente de trabalho e deixá-lo ainda mais produtivo e com pessoas muito mais satisfeitas e dispostas a contribuir com a organização.

Para isso, é primordial que os gestores das organizações consigam distinguir o elogio de feedback.  Começa por aí. O primeiro refere-se a um feito pontual ou a uma determinada atitude. Já o segundo precisa levantar pontos bons e ruins do profissional, de tempos em tempos  e tem a função de corrigir rumos.

Segundo, o elogio quando praticado, necessita estar pautado em argumentos sólidos. Quem o recebe, sabe efetivamente que aquilo não é inconsistente, não é forçado e não tem outro objetivo senão exatamente o reconhecimento de um feito. Quando o elogio é um fake, a tendência é que não somente o elogiado se sinta desconfortável, mas também colegas de equipe que percebem que há algo de estranho, gerando, até muitas vezes, comentários desnecessários.

Se exatamente há um elogio a ser feito, busque fazê-lo na frente de outros colegas de trabalho. O reconhecimento se torna mais amplo e pode inspirar outras pessoas a terem a mesma atitude que está sendo reconhecida. Se o objeto que motivou o elogio for algo coletivo, de o crédito à equipe, nunca a uma única pessoa.

Empresas que praticam o elogio consistente tendem a ter um clima organizacional mais leve, com pessoas mais satisfeitas, confiantes e criativas. Já tive a oportunidade de presenciar organizações que não tinham efetivamente, por um período, como recompensar os colaboradores financeiramente, mas por ter uma política de reconhecimento – incluindo boas práticas de elogios – os colaboradores, quando indagados sobre os rumos de sua vida profissional,  não gostariam de deixar aquela empresa nos próximos anos.

Apesar do povo brasileiro ser tido como bastante extrovertido, aberto e feliz, a prática do elogio não é uma constante. Parece até uma contradição, mas é fato.  E isso começa ainda na família, quando as crianças não são reconhecidas por pais ou adultos que as rodeiam. Elogiar na infância, além de fazer bem, também vai contribuir para que adultos saibam elogiar no futuro.

Então temos um longo caminho a percorrer. Pratique em sua casa, no condomínio, com os colegas da igreja, do trabalho e acima de tudo, não somente com as pessoas que você gosta. Procure fazer com pessoas que você também não conheça e aí sentirá efetivamente o poder de um elogio.

 

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