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Voluntariar-se, para quê? Por quem?
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Gosto da definição sobre voluntariado na redação da Organização das Nações Unidas (ONU) que resumidamente diz o seguinte: “É o conjunto de ações de interesse social e comunitário, realizadas de forma desinteressada por pessoas, no âmbito de projetos, programas e outras formas de intervenção ao serviço dos indivíduos, das famílias e da comunidade, desenvolvidos sem fins lucrativos por pessoas, entidades públicas ou privada”.

‘Realizada de forma desinteressada’, esse termo traduz muito da característica de pessoas que praticam o voluntariado. Trazendo isso para o universo corporativo, os ganhos são inúmeros. Quando se tem em uma organização pessoas com esse espírito e a empresa com esses valores o voluntariado flui e as pessoas tendem a ser mais felizes no ambiente. A cooperação entre trabalhadores amadurece e o senso de camaradagem entre os profissionais tende a ser maior. Resultado: uma empresa mais produtiva e com bons resultados.

Há diversas formas de se praticar o voluntariado dentro das organizações, que vão desde ações pontuais quando há uma grande necessidade ou mobilização, ou mesmo empresas que têm um programa estruturado, que orientam seus colaboradores a participar e como praticar. Estas por exemplo, geralmente extraem de sua missão –  bastante consolidada –  o rumo o qual o voluntariado deve tomar, pois conseguem ver resultados lá na frente, extrapolando a satisfação pessoal que a prática do voluntariado proporciona.

Uma característica forte dessas empresas é o profundo entendimento de que a comunidade a seu entorno não é somente a ‘comunidade próxima da empresa’, é a ‘comunidade da qual a empresa faz parte’. Isso muda tudo, pois a empresa se sente parte daquele contexto e consegue visualizar com maior amplitude as demandas daquela população ou região.

Essas empresas são sutis no envolvimento de colaboradores em suas causas. Quando a pessoa percebe já está envolvida de maneira espontânea e satisfatória. O colaborador consegue entender de maneira clara que sua empresa, aliada à sua disponibilidade como indivíduo, pode fazer a diferença na vida das pessoas.

Praticar o voluntariado nas organizações é algo muito rico, porque as empresas têm por si só um grande ativo que, em muitos casos é imensurável quando se fala em valores monetários. Me refiro aqui ao relacionamento. O poder de engajamento das entidades privadas é capaz de mobilizar pessoas para determinadas causas em questão de tempo. Mas nem todas elas se dão conta disso.

Outra boa característica de empresas que praticam o voluntariado está na questão de que ele não se limita a um problema o qual o governo deixou de fazer a lição de casa. Ou seja, por exemplo, não se limita a trabalhar por causas envolvendo cidadãos menos abonados.

O voluntariado nestas empresas, acontece sim nestes termos, mas também floresce em ações ambientais, dependendo do perfil da empresa em temas ligados ao trânsito, a saúde, sobre a necessidade de se ter uma sociedade melhor formada na educação e por aí vai. Como? Utilizando da formação e especialização de cada um dos seus colaboradores. Afinal, as pessoas falam muito bem e orgulham-se daquilo que elas sabem fazer. Está aí um ótimo ingrediente para o sucesso do voluntário, que traz a satisfação pessoal.

No ambiente interno, as pessoas tendem a ser mais dispostas a ajudar o outro, a parar para ouvir a necessidade do colega, a ter compaixão em situações difíceis que todos vivemos e a contribuir para que o clima organizacional tenha maior peso nos resultados da organização. Uma boa receita de voluntariado no meio corporativo.

 

 

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