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Romeu Junior
Romeu Junior, especialista em casas inteligentes e sócio proprietário da Linked Automação Residencial.| Foto: Divulgação

No filme Her (Ela, de 2013), temos a brilhante atuação do ator ganhador do Oscar Joaquin Phoenix, cujo personagem desenvolve uma relação amorosa com um sistema operacional/assistente virtual similar aos conhecidos em nossa rotina do dia a dia como a Siri, da Apple, a Alexa, da Amazon, e o Google Assistente, que têm um poder de persuasão absurdo.

Desde a sua chegada ao Brasil há quatro anos, a assistente virtual Alexa, desenvolvida pela Amazon, desencadeou um movimento que está moldando o mercado imobiliário. À medida que a tecnologia avança, aliada a recentes desenvolvimentos na inteligência artificial, como o ChatGPT, surge uma perspectiva promissora para o setor de automação residencial. Essas tendências indicam que as construtoras precisam estar atentas às crescentes demandas por casas inteligentes. Afinal, quem chega primeiro, bebe água limpa.

A automação residencial refere-se à integração de tecnologias avançadas em casas, possibilitando o controle e gerenciamento de diversos sistemas e dispositivos por meio de uma única plataforma. Isso inclui iluminação, segurança, climatização, entretenimento e muito mais, tudo acessível a partir de um dispositivo centralizado.

Imagine chegar em casa e, com um simples comando de voz, ajustar a temperatura, ligar as luzes e reproduzir sua música favorita. Ou receber notificações em tempo real sobre a segurança de sua residência, esteja você dentro dela ou a milhares de quilômetros de distância.

Entrevistamos Romeu Junior, especialista em casas inteligentes e sócio proprietário da Linked Automação Residencial, que explica que a popularização dessas tecnologias leva ao barateamento dos custos, criando uma demanda cada vez maior.

“Há alguns anos, o que era considerado um luxo inacessível - como ter uma churrasqueira na varanda do apartamento - é, hoje, um item praticamente obrigatório”, explica. Romeu que completa: “as construtoras que pensaram nessa necessidade saíram na frente”.

Uma das pioneiras nessa adaptação é a CGL Construtora e Incorporadora, que opera no mercado imobiliário curitibano desde 1993, com enfoque no desenvolvimento de empreendimentos residenciais de alto padrão. Há dois anos, a CGL oferece imóveis preparados com a estrutura necessária caso o cliente deseje adicionar sistemas de automação residencial após a compra.

Ignacio Herrera, diretor de engenharia da CGL, nos conta o que levou a construtora a construir imóveis preparados para a automação residencial: “Estamos sempre atentos às mudanças no estilo de vida das famílias e as casas inteligentes representam uma resposta eficaz a essas transformações”.

Herrera ainda afirma que a meta da empresa é proporcionar uma experiência de moradia que não apenas atenda às necessidades básicas, mas que também antecipe as necessidades futuras. “Percebemos que a automação residencial não é apenas uma tendência passageira, mas uma mudança tecnológica que veio para ficar” explica o diretor.

Atualmente, algumas construtoras disponibilizam imóveis integralmente equipados com sistemas de automação, a exemplo da Mein Haus. Especializada em empreendimentos personalizados de elevado padrão residencial e comercial, a construtora oferece residências totalmente equipadas com sistemas de automação, atendendo de maneira personalizada às demandas individuais dos clientes.

“Acreditamos que um lar verdadeiramente moderno não é apenas um espaço físico, mas um ambiente inteligente e adaptável, pronto para atender às necessidades e desejos de seus moradores”, explica Davi Bastos de Almeida, diretor de gestão comercial da Mein Haus.

Almeida relata que a Mein Haus colabora com muitos investidores do setor imobiliário que planejam vender suas construções. "O que temos notado é que a automação está realmente fazendo a diferença no momento da venda”, diz. Segundo o diretor, a automação adiciona um valor considerável ao imóvel.

Quando se trata da valorização dos imóveis, a automação residencial ainda é um diferencial de peso no mercado imobiliário. Segundo Romeu Junior, recursos de automação tendem a despertar maior interesse entre os compradores, proporcionando um retorno mais substancial sobre o investimento e uma aceleração no processo de venda. Como comprova Leopoldo Guimarães, diretor geral da Mora Constrói. "Nós entregamos residências de alto padrão no mercado de Curitiba e região metropolitana, e a imensa maioria dos clientes vem numa crescente, solicitando automação nas suas residências”, conta.

“Imagine dois edifícios idênticos em um mesmo bairro, com apartamentos do mesmo tamanho e no mesmo valor, considerando que um deles é entregue com a infraestrutura necessária para receber a automação: qual deles será vendido mais rápido?” indaga o especialista.

De acordo com Mariane Bogo, engenheira civil e sócia da Linked Automação, é seguro afirmar que o valor agregado ao imóvel pela infraestrutura de automação costuma ser aproximadamente o dobro do investimento feito na instalação da tecnologia.

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