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Então, o blog está de volta. A viagem a Denver foi muito boa; desta vez, na conferência da Religion Newswriters, não tivemos temas ligando ciência e fé (embora tenhamos visto coisas interessantíssimas; quem quiser uma recapitulação pode buscar, na minha conta pessoal do Twitter, os tweets com a hashtag #RNA2010), mas as editoras e patrocinadores que participaram do evento tinham algumas coisas interessantes, livros e DVDs sobre o tema. Espero poder comentar sobre eles em breve. E, claro, também comprei o livro do Hawking, que estava recebendo bastante destaque numa loja da Barnes & Noble em Atlanta.

Enquanto estive fora saíram algumas coisas interessantes, e nos próximos dias pretendo recuperar o tempo perdido. Começo com um vídeo do Francis Collins, que praticamente todos os leitores do Tubo conhecem (embora nem todo mundo saiba que ele está tentando ajudar Christopher Hitchens em sua luta contra o câncer). Ele falou ao Big Think e o vídeo tem duas partes, confiram aí:

Na primeira metade do vídeo, Collins argumenta em favor da harmonia entre ciência e fé. Explica que, para quem quiser saber como o mundo funciona, é a ciência que tem as respostas. Ele entende que alguns cientistas vejam a religião como uma ameaça, mas o biólogo argumenta que a fé faz uma série de questões totalmente diferentes (inclusive a famosa “por que existe algo em vez do nada?”, que temos discutido tanto aqui), e que a ciência não tem como responder. Diante desse tipo de perguntas, diz Collins, existem duas atitudes: ou você as considera perguntas idiotas e descartáveis, ou admite que existe, sim, espaço para a fé, a Teologia e a Filosofia. O problema, segundo o biólogo, é que existem tanto religiosos usando má ciência para justificar suas crenças, quando cientistas extrapolando suas competências para destruir a religião. E a minoria extremista, como sabemos, tem muito mais espaço na imprensa que a maioria defensora da harmonia.

Na segunda metade do vídeo, Collins explica como seus estudos de Genética influenciaram sua fé. A primeira coisa que o biólogo afirma é que seus estudos mostraram que Darwin estava certo sobre a evolução, e isso diz algo sobre a natureza dos seres vivos, mas, apesar de responder ao “como?”, deixa o “por quê?” sem resposta. Depois, Collins faz uma série de considerações sobre as características do universo, as leis da natureza e sua relação com um poder inteligente, deixando claro o que ele considera possível e o que, para ele, é mais improvável. Collins considera, por exemplo, defensável que as leis da natureza sejam produto de uma mente inteligente.

(um update sobre Hitchens: em Denver conversei com o novo presidente da American Atheists, David Silverman. Ele me disse que Hitchens está muito mal e decidiu, talvez até mesmo por causa disso, “se gastar” de vez, participando de todos os eventos que puder nas próximas semanas.)

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O Tubo de Ensaio se inscreveu tardiamente no prêmio TopBlog 2010. Como não havia categoria de ciência, estou concorrendo na categoria Blogs profissionais/Religião. Para votar, é só clicar no selo ao lado. Não precisa de cadastro: na hora de votar você coloca seu nome e e-mail, e depois recebe uma mensagem com um link para validar seu voto.

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