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Enfim, Curitiba!
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Ni Hao,

Acho que nunca mencionei que, antes de mudar para China, a “família brasileira” havia passado por outra mudança importante: em 2010, mudamos do Rio para Curitiba.

E por quê?

Basicamente por conta da violência que assolava o Rio naquela época. A gota d’água foi a morte, por bala perdida, de um dos 3 filhos da minha empregada. Ela trabalhava para sustentar sozinha os meninos de 13, 15 e 16 anos que, aliás, chegaram a frequentar minha casa. Como se diz, tragédia não é quando morrem milhares de pessoas, mas quando morre aquela que você ama. Enfim, reencontramos Maria (nome fictício) em nossa estadia no Rio e, adivinhem? Desta vez, mataram o filho mais velho e, para piorar o cenário, o caçula de apenas 16 anos, que não estuda e nem trabalha, já é pai de uma criança de 1 ano.

Ou seja, a violência no Rio continua muito presente, mas tenho que admitir, muito mais longe dos moradores das áreas onde as UPPs (Unidade de Polícia Pacificadora) tomaram posse. Perguntei para todo mundo que encontrei, dos amigos à manicure que mora na favela, se o Rio estava mais seguro. A resposta da maioria foi “sim”. Se está realmente mais seguro, não sabemos, mas pelo menos a percepção geral é esta.

Enfim, escolhi Curitiba para morar por dois motivos: a proximidade dos primos, tios e de tudo que me faz lembrar a minha vó (vó tem cheiro de férias e colo) e a civilidade da cidade.

Agora que cheguei de volta a esta cidade, depois de 1 ano de China e 20 dias de Rio de Janeiro, reitero minha escolha: Curitiba é maravilhosa!

Quando cheguei a Shenzhen, lembro-me de ter dito ao Luiz: Poxa, logo agora que conseguimos nos mudar para Curitiba, você me traz para uma cidade grande como São Paulo e “jeitosa” como o Rio?

Divulgação

Curitiba é… digamos… muito civilizada e linda! Tudo parece organizado e limpo. Os atendentes das lojas são sempre super gentis, ou no mínimo, bem treinados. Os supermercados são grandes e iluminados. Engraçado dizer isso, mas ainda no Rio, ao entrar nas Sendas do Leblon que foi reformada para virar Pão de Açúcar, o Luiz disse: nossa, está parecendo até supermercado de Curitiba!

O que Curitiba e Shenzhen têm em comum? Os parques. Cidades sem praias precisam caprichar nos parques, e nesse quesito, as duas dão um banho!

Chris Dumont e Divulgação

A temperatura em Shenzhen hoje é de 30 graus com sensação térmica de 35º C, isso às 9 da matina. Luiz, que já voltou para China, me ligou irritado com o calor amazônico que está fazendo por lá. Já em Curitiba, tenho me sentido como se estivesse eternamente no ar condicionado. Às vezes esfria um pouco demais, mas o céu azul (incrível como os céus brasileiros são azuis!!!) e o sol de inverno aquecem nossos corpos e mentes.

Bom, hoje tiramos o dia para matar as saudades da nossa rotina curitibana. Fomos ao condomínio onde morávamos e fomos recebidos com muito carinho pelos empregados e amigos. Acendemos uma velinha no Santuário de Nossa Senhora de Schoenstatt onde, todos os domingos, pedíamos para que fôssemos felizes na China (e fomos atendidos!).

Depois, como bom curitibano, fomos comer uma carninha numa churrascaria rodízio (e nhoque frito, que só existe por aqui) e, no caminho, vimos um desses carros antigos que circulam pela cidade nos fins de semana.

Chris Dumont

Enfim, depois de 20 dias de Rio, começa nossa jornada curitibana com direito à família reunida e até uma priminha nova. Bem-vinda, Giulia!

Chris Dumont

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