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Atenas, onde tudo começou
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Arquivo pessoal
Partenon, o maior templo da Acrópole em Atenas

Chegar numa cidade desconhecida sem expectativas é a melhor coisa que tem. Mesmo tendo Atenas a herança histórica que tem, de ser o berço da civilização e da democracia, cidade onde viveram personalidades que até então faziam parte apenas dos livros da escola. Apensar de tudo isso, eu esperava apenas uma cidade em ruínas.

Atenas respira história e das mais importantes para história da civilização, mas também é uma cidade cosmopolita que convive com o moderno e o antigo perfeitamente. Aliás, é ainda mais atraente caminhar por ruas movimentadas, entre edifícios modernos, trem, ônibus, carros, lojas, praças, e na outra esquina se deparar com o Estádio Olímpico Panathinaico ou olhar para o alto e ver a Acrópole, simplesmente ela.

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Atenas vista de cima, entre ruínas e prédios

Chagamos de ferry, cedo da manhã, depois de 9 horas de viagem vindos de Santorini. Ficamos 2 noites em Atenas (suficientes) num hotel chamado Nafsika, simples, bom e bem localizado, perto da estação do metrô. Estávamos mortos de cansados depois de passar a noite dormindo no chão do corredor do ferry, mas tomamos um café em frente ao hotel e partimos para uma caminhada de reconhecimento da cidade.

Troca da Guarda

Arquivo pessoal
Os evzones com trajes típicos gregos, na troca da guarda

Nossa primeira parada foi no Jardim Nacional, uma área de 16 hectares que em 1854 era de uso exclusivo da família real e em 1923 transformou-se no parque Jardim Nacional, local preferido dos atenienses para passeio nos finais de semana.

Pertinho dali está o Palácio Presidencial, construído entre 1891 e 1897. Entre 1910 e 1974, foi o Palácio Real e depois tornou-se a residência oficial do Presidente da República Grega. Por sorte chegamos em frente bem na hora da troca da guarda presidencial, os chamados “evzones”. Ali são poucos homens que, vestidos de traje típico grego, fazem movimentos lentos ritmados, quase que engraçados, para a troca de turno. Em frente ao Parlamento existe uma outra “troca da guarda” maior.

Estádio

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Estádio Olímpico de Panathinaico

Dali partimos para o Estádio Olímpico, todo reconstruído depois do século II d.C e com capacidade para 50 mil pessoas. Destruído depois da ocupação turca, foi construído novamente no final do século XIX para receber os primeiros jogos olímpicos que ocorreram em 1896.

Licavitos
Seguimos a caminhada num calor exaustivo para o ponto mais alto de Atenas (280 metros de altura), o Licavitos. Lá de cima é possível ter uma visão de 360º de Atenas e ver claramente as ruinas gregas espalhadas pelo meio da cidade moderna.
Moídos, partimos para fazer o check in no hotel e dormir. Devia ser 4 horas da tarde, mas era tudo que precisávamos. Dormir. À noite fomos caminhando até o bairro de Monastiraki jantar e ver a cidade à noite. Ali, os mercados de rua e restaurantes fervem e é possível ver as ruínas que ficam iluminadas e deixam Atenas ainda mais bonita.

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Erecteion, templo ateniense de estilo jônico foi construído entre 421 e 406 a.C.

Símbolo de Atenas
No dia seguinte chegamos ao cartão postal clássico de Atenas – Acrópole, e muito bem acompanhados. Polny, um amigo de Curitiba, por coincidência estava em Atenas de férias com um amigo carioca – o vascaíno Marcus, e então passamos o dia juntos percorrendo Atenas. Nessas horas, numa viagem intensa e longa como a nossa, percebemos como é bom (apesar de eu e o Seba nos darmos muito bem) termos companhias diferentes, agradáveis, ao nosso lado. Como é bom conversar, rir, comentar, opinar, discutir história, lendas e caminhos com outras pessoas!!!

O horário não podia ser pior: 10h. Todos os turistas da Grécia estavam no mesmo lugar na mesma hora. Era praticamente impossível conseguir um cantinho para tirar uma foto sem um “intruso” aparecendo. Qualquer momento livre era motivo de brincadeira “corre, corre”!

Cada vez que me deparo com uma construção antiga, um monumento, uma cidade em ruínas páro pra pensar como deveria ser a vida na época daquela construção e como pode, em pleno 2012, estarmos ali, vendo e revivendo aquela história toda. Claro que comprei um livro da cidade com todas as explicações históricas importantes, pois minha memória é das piores; para nomes, horrível, e gregos então… nem se fala!
Dica: não deixe de ter um bom guia de viagem sobre Atenas e suas construções. A cidade é pura história e se você não é uma biblioteca ambulante como eu não sou, vai sentir falta.

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O cartão postal de Atenas, o Partenon

Acrópole
Vocês se lembram das aulas intermináveis de história grega? Pois eu não lembrava muita coisa. A palavra “acrópole” significa o ponto mais alto da cidade e quase todas as cidades gregas possuíam a sua acrópole. Era ali que se formavam seus povos, pois em tempos de guerra era mais seguro.

A região, considerada no século V a.C local de culto, tem cerca de 30.000 m2 e fica a 70 metros de altura que abriga hoje ruínas de templos e estátuas, como o Partenon, da deusa Atena, construído no século V a.C, o Erecteion, o Templo de Atena Nike, o Odeon de Herodes, entre outros. O lugar é grande e vale a pena chegar cedo para tentar fugir da hora do rush das excursões. A entrada custa 12 euros e vale para diversos pontos, não só a Acrópole.

Ágora antiga
Depois de algumas horas percorrendo a Acrópole, descemos e fomos para a antiga Ágora, considerada o coração da vida pública de Atenas. Serviços, mercados, prédios administrativos e santuários públicos aconteciam ali. Hoje, no antigo Pórtico de Átalo onde funcionava um grande centro comercial está o Museu da Antiga Ágora.

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Museu da antiga Ágora

Caminhamos, caminhamos e caminhamos. Depois de um dia de baixo de muito sol, fomos acompanhar nossos parceiros de Atenas até a colina de Lecavitos, mas como já tínhamos subido, sentamos num bar e ali ficamos esperando. Terminamos a temporada da Grécia e o dia espetacular tomando um bom vinho e dando muita risada. Obrigada queridos pela companhia e parceria. Estávamos precisando!

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Polny e Marcus, nossa bela companhia em Atenas

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Nosso próximo destino: Itália!

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