Aqui estamos nós, finalmente. “Joburg” ou ainda “Jozi”, como é chamada carinhosamente pelos locais, não é, definitivamente, uma cidade bonita, mas muito interessante pela bagagem histórica recente que carrega. Mandela e o Apartheid, sistema político que dividiu a nação por mais 48 anos, estão por tudo, no rosto das pessoas, nos muros, paredes, prédios, bairros, lojas e mercados.
Jozi lembra algumas cidades brasileiras, como São Paulo, mas ainda assim, distante. A cidade é enorme, o transito é complicado, o sol brilha, mas o céu não é azul pela nuvem cinza de poluição que toma conta. Mesmo assim não chega a ser uma São Paulo. As diferenças sociais são enormes e bem visíveis, também nada diferente do Brasil. A mais famosa “town ship” da Africa do Sul, Soweto, não chegou a me impressionar, talvez porque estivesse esperando algo pior que as favelas do Rio ou de São Paulo. Porém, quem for à Jozi, precisa passar por lá, porque a “township” representa o início da mais dura batalha contra o Apartheid. Foi lá que o menino Hector Peterson morreu, no dia 16 de junho de 1976, num movimento sangrento de resistência política iniciado pelos estudantes de Soweto.
Outro local, e esse sim, impressionante, e que merece e precisa de pelo menos duas horas, é o Museu do Apartheid – uma imersão na história local para entender esse sistema político que dividiu a nação entre pretos e brancos. É forte e pesado. Muito bom.
Pequenas e importantes “tips”
Passamos dois dias em Joburg, que é suficiente (na verdade, meio dia tiramos para dormir e descansar e o outro para percorrer os principais pontos). Para conhecer a cidade, em pouco tempo, decidimos negociar no hostel onde ficamos (pequeno e aconchegante) um guia que nos levou para os principais pontos escolhidos por nós. Inclusive, foi ele, Chico, que foi nos buscar no aeroporto. Por ser uma cidade muito grande e violenta, e por passarmos poucos dias, vale o investimento de ter um guia local, seja das empresas de turismo ou particulares. Aproveitamos o dia e com segurança.
Onde ficar
Achei importante falar sobre isso, porque Joburg é uma cidade enorme e por isso difícil decidir onde ficar. O local escolhido por nós foi um hostel no bairro de Melville, um local tranquilo, charmoso onde é possível caminhar na rua, de dia ou à noite, sem grandes preocupações. Outros bairros recomendados para ficar são Rosebank e Sandton, porém mais caros. Em outros bairros não é recomendado andar a pé.
Aqui vão algumas dicas do que fizemos e por onde andamos que valem a pena:
*Igreja de Regina Mundi
*Casa de Nelson Mandela
*Carlton Centre – Prédio mais alto da África
*African Craft Market of Rosebank
*Melville International Backpackers
* The Ant Café – 7th Street, 11, Melville
Gente, prometi que iria indicar nosso guia local e aqui está! É sempre bom ter um contato de confiança.
Chico´s Touch Tours
+2776 438 5940
chicotouchtours@gmail.com
Próxima parada: Cape Town!
Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook
-
Um guia sobre a censura e a perseguição contra a direita no Judiciário brasileiro
-
O “relatório da censura” e um momento crucial para a liberdade de expressão
-
Braço direito de Moraes no STF já defendeu pena de morte e é amigo de Val Marchiori
-
Três governadores e 50 parlamentares devem marcar presença no ato pró-Bolsonaro de domingo
Deixe sua opinião