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Luxo e glamour na Riviera Francesa
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Está cada vez mais difícil escrever sobre os lugares que visitamos. A cada novo país, uma nova paisagem, um novo cheiro, um novo sabor, e tudo, ou quase tudo, nos encanta, nos surpreendente.

O que dizer da França? Ou melhor, da Riviera Francesa? Não é por menos que a grande maioria dos turistas do mundo amam a França (dados da Organização Mundial de Turismo revelam que a cada ano a França recebe em média 76,8 milhões de turistas estrangeiros). Ainda não chegamos à Paris, mas a sofisticada Riviera Francesa, a Côte d’Azur, já nos deu um bom gostinho do que é esse país e somos mais dois apaixonados.

Na “Costa Azul”, que vai de Menton (fronteira com a Itália) a Toulon, as paisagens da estrada costeira são magníficas, o mar azul azul, um calor gostoso e as cidades de Mônaco, Cannes e Nice, por exemplo, não são pomposas só no nome, mas também na arquitetura e infraestrutura, pois são “pensadas” para receber os estrangeiros, sobretudo cheios da nota que apreciam o luxo. Não citei a mais pomposa de todas, pelo menos no nome, Saint Tropez, porque não vimos nada na cidade e foi uma decepção (vou contar um pouquinho mais para baixo).

Plano B
Nossa ideia era alugar um carro em Menton e então começar nossa descida pela costa até a fronteira com a Espanha. Chegamos em Menton e para nossa surpresa não havia carros disponíveis para os próximos três dias. Isso que dá não planejar (rs)! Na verdade foi vacilo nosso porque sabíamos há 4 dias pelo menos que íamos para lá pegar o carro e então fazer a costa. Não sei porque cargas d’água não reservamos pela internet já no momento que olhamos.

Tivemos que sentar num café e com a internet pensar num plano “B” que foi pegar um trem até Nice, pertinho 20 min e lá sim, pegar um carro – caríssimo!!! Prefiro nem lembrar disso. Outra opção era fazer a Riviera Francesa de trem, que nesse momento saía mais barato, mas não teríamos a liberdade que o carro dá.

Pegamos o carro em Nice e voltamos para conhecer Mônaco. Sou uma pessoa que não tem ideia alguma das distâncias e tempos nos mapas, mas Mônaco e todas as cidades da Costa são próximas, entre 15 e 50 km uma da outra, num total de mais ou menos 200 km (pelas estradas da costa que não têm pedágio). Percorremos entre a Côte d’Azur e a região de Provence 700 km em 5 dias, passando por Menton, Mônaco, Nice, Cannes, St. Raphael, St. Maxime, Saint Tropez e Toulon. Depois Marselha, Aix de Provence, Avignon, Nimes e Arles que não fazem mais parte da Côte d’Azur e sim da região de Provence-Alpes-Côte d’azur, até chegarmos a Perpignan, última cidade antes da fronteira com a Espanha (assunto do próximo post).

Mônaco
Amei! Na realidade me dou conta que ao chegar a Petra, Roma, Milão, Pisa, Como e agora em Mônaco estou dando uma “cara” um rosto para as imagens imaginárias que venho criando nesses 32 anos de vida. Durante anos assistia filmes, documentários, lia livros, revistas e imaginava como seria. Agora, durante essa nossa aventura estou tendo o privilégio de substituir as cidades imaginárias pelas reais. E Mônaco foi assim. Durante quantos anos acordávamos cedo no domingo para ver o Senna cruzar a linha de chegada, ouvir a música só dele que arrepiava com a narração emocionante do Galvão naquelas curvas das ruas e túneis de Monte Carlo com aqueles veleiros enormes de fundo atracados na marina? Felizmente foram muitas manhãs de domingo que me ajudaram a criar a minha cidade imaginária de Mônaco. Na verdade Mônaco é uma cidade-estado, um principado. É pequeno (2 km²), chique, glamuroso e caro – tem um dos custos de vida mais caros do planeta e é conhecido como paraíso fiscal. Passamos algumas horinhas, fizemos uma parte do trajeto da Fórmula 1, descemos na praça onde fica o luxuoso Cassino de Monte Carlo e caminhamos pela Marina. Lembrei muito do Senna naquelas ruas!!

Dica: como tudo em Mônaco é muito caro, vale passear aqui, mas dormir em Nice, por exemplo, que é pertinho.

Nice
Que cidade! Daquelas que dá vontade de morar, sabe?! Eu e o Seba ficamos deslumbrados e como vontade de ficar mais (quando gostamos muito do lugar a pergunta padrão surge: “quantas noites mesmo vamos ficar aqui?” Leia-se: “adorei a cidade e quero ficar mais”). A arquitetura, os jardins, o colorido, a cor do mar e a praia convidam para um banho, o calçadão da Promenade Des Anglais quase que nos obriga a uma boa caminhada. Sem falar nos bares, restaurantes e mercados da cidade velha.
Nice tem muitos pontos turísticos, museus e praças para visitar, só que nós estávamos tão cansados que acabamos caminhando pela cidade e deixamos os museus de lado. A Europa tem disso, muita história, muita cultura, muitos museus, palácios, castelos… mas, admito que chega uma hora que cansa e a mente e o corpo precisam de um descanso – “por favor, nada de informação nova hoje, pode ser?”. O Seba me deixou caminhando pelas ruas e foi para o hotel dormir. Em Nice quase todos os museus são de graça, o que é uma novidade para nós, porque até agora tudo praticamente é pago, e bem pago.

Os museus que eu gostaria de ter ido, mas não tive forças foram os de Marc Chagall e o Matisse Museum. Como em muitos lugares que temos passado, as cidades estão extremamente preparadas para o turismo e oferecem passes como o French Riviera Pass, para 24h, 48h ou 72h, que oferecem grandes descontos, entradas gratuitas, livre acesso aos ônibus de turismo, guias entre outros.

Dica: reserve hotel antes de chegar. A cidade é grande, tem muitas opções, mas não é barato e está sempre cheia. No verão, ainda mais. Passamos algumas horas procurando e tudo lotado. O que não estava lotado era caro. Gostaríamos de ter ficado no Hostel Saint Exupery ou no Albergue da Juventude Les Camelias mas não tinha vaga.

Cannes
Cannes parece uma cidade cenário de Hollywood. Luxuosos hotéis, desfiles de carros tipo “colecionador cheio da nota”, construções de cinema e claro, o Palácio dos Festivais que recebe todo ano o maior festival de cinema do mundo e suas estrelas. Além disso, a cidade fica na costa, tem um calçadão gostoso e uma praia que deixa a cidade ainda mais cheia de charme.

Saint Tropez
Que decepção! De duas uma: ou estivemos no lugar da cidade errado ou nada do que minha imaginação criou baseado em programas e revistas era verdade. Uma cidadezinha de pescadores (antigamente) com 5 mil habitantes, reduto de milionários, hollywoodianos, turistas metidos a besta que pensam andar na moda e “meninas-modelos-crianças” com vestidos de seda tentando se equilibrar em saltos tamanho 10 no meio da tarde num calor de 35oC….. Não sei, mas falta identidade na cidade que ficou famosa nos anos 60 quando a atriz francesa Brigitte Bardot se mudou para lá. Procuramos as praias tão faladas e famosas e encontramos duas praias que se paga para entrar e perto do que já vimos, não são BONITAS assim. Saí com a sensação de ter ido parar no lugar errado. Será?

Marselha
Não tivemos uma boa impressão de Marselha. Talvez porque estávamos de passagem, viajando há bastante tempo, com fome e cansados. Pelas poucas horas que passamos ali, vimos uma cidade portuária toda em obras, caótica e suja. É a segunda maior cidade da França, a mais antiga (2.600 anos de idade) e o maior porto comercial do país. Talvez tenha nos faltado disposição para descobrir uma outra Marselha.

PS: Não posso deixar de comentar sobre os queijos e vinhos franceses e seus preços. Queijo Brie por 2,5 euros é um sonho. Vinhos espetaculares por 5 euros… Um paraíso ir no supermercado fazer compras… E a Smirnof Ice de litro que encontrei? rs fizemos umas comprinhas para o jantar, claro!

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Nosso próximo destino: Provence!

Venha com a gente nessa viagem: raphaeseba@gmail.com e acesse Facebook

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