Pela Espanha muçulmana

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O nome “Al Alhambra” siginifica fortaleza vermelha, uma das riquezas árabes na Espanha

Pé na estrada de novo! Depois de uma temporada em Barcelona, pegamos o carro do Nelson (amigo que nos hospedou em Barcelona) e descemos para fazer o sul da Espanha em direção ao Marrocos. Horas e horas de viagem por estradas lindas e cidades encantadoras.

Alicante
Passamos por Valência, mas deixamos para conhecê-la na volta e foi um engano. Depois seguimos para Alicante, na Costa Blanca espanhola onde passamos dois dias na casa da Florência, prima do Seba.

Praia de Alicante vista de cima do Castillo de Santa Bárbara

Alicante é pequena (tem 335 mil habitantes), é uma cidade portuária e tem praias bem gostosas. Para quem passar por lá, vale a pena conhecer o Castillo de Santa Bárbara, fortaleza de origem muçulmana dos finais do século IX. Não fomos, mas outro local indicado para visitar é a Ilha de Tabarca, a única ilha habitada da comunidade valenciana e que no passado foi refúgio de piratas berberes. Foi fortificada no século XVIII.

Granada, uma relíquia moura
Sem muitas expectativas, entramos na região da Andaluzia, mais precisamente em Granada. Chegamos para ficar um dia e decidimos ficar mais, de tão gostosa e linda. Quando isso acontece, é porque ou estamos muito cansados ou porque gostamos demais da cidade. Nesse caso, a segunda opção.

Granada é uma das principais cidades turísticas e culturais de Espanha

Quanto mais para baixo da Espanha, mais sentimos a influência da cultura árabe (em 711, a Espanha foi invadida pelo sul por exércitos muçulmanos que dominaram a Península por 781 anos), tanto nas ruas, nos mercados, como nas fortificações, castelos e templos. Em Granada, aos pés da Serra Nevada, o legado muçulmano deixado é grande e rico, o que dá um charme ainda maior à cidade.

Se você vem à Espanha, não deixe de planejar uma passada (pelo menos dois dias) por Granada. Aqui está a La Alhambra, um magnífico conjunto monumental declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco, fortaleza-castelo deixado pelos muçulmanos e que depois, em 1942 ficou sob o poder dos reis católicos Isabel de Castela e Fernando de Aragão. La Alhambra está dividida na fortaleza de Alcazaba, nos Palácios Nazáries e os Jardins de Generalife.

Os inesquecíveis jardins de Alhambra

Reserve pelo menos 4 horas para visitar todo o complexo e se possível compre antes os tickets. A fortaleza é muito concorrida e possuem dois horários de visita, pela manhã e à tarde.

Outro ponto imperdível de Granada é caminhar e se perder pelas ladeiras e labirintos do bairro de Albaicín, listado também como Patrimônio da Humanidade, foi habitado por árabes durante sete séculos. Vá até a Plaza San Nicolas e desfrute de uma vista espetacular de Alhambra. À noite, caminhe pela cidade e escolha um dos incontáveis restaurantes que existem com mesas na rua e sempre lotadas.

Gostaríamos muito de ter tido mais tempo na Andaluzia e visitar Sevilha, Córdoba e Málaga, mas nosso destino era o Marrocos e ainda tínhamos chão pela frente. Deixamos para fazer essas cidades na volta. Engano nosso. Estávamos tão cansados que não conseguíamos nem pensar em cidade alguma. Passamos por dentro de Valência na volta, linda, mas estávamos sem forças para pensar em descer do carro. Não dá para fazer tudo – mais um aprendizado da viagem.

O interior da Alhambra é o ponto forte da vista ao
complexo

Nosso destino após Granada foi Algecíras , cidade portuária (5º porto mais movimentado da Europa) pertinho do Estreito de Gibraltar onde dormimos uma noite para, no dia seguinte, pegarmos o ferry para Tanger, Marrocos. Antes ainda de Algecíras passamos por Marbella, uma praia badalada da chamada Costa do Sol. Vale a passada também!