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À Prova de fogo – Parte II
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A trajetória é conhecida: banda de amigos que começa a tocar covers e que se encontra – ou encontra o som que deseja fazer – por meio de músicas próprias, que ganham os palcos de bares da cidade. Com a Sabonetes também foi assim.

O power-pop, proposta que assumiram com veemência, foi responsável pelo show mais “estranho no ninho” lá no Inferno (já faz uma semana, e ainda está quente).

O Ep Descontrolada criou uma pequena legião de fãs, que seguem o grupo mesmo quando ele está nos porões de Curitiba ou em uma cidade a 400km de distância.

A banda que começou tocando covers de Strokes, Coldplay e Mamonas Assassinas (yeah!) hoje segue o rock rápido de pista. Letras cotidianas, melodias assobiáveis colocadas em guitarras roqueiras deram o tom do quarteto na apresentação em São Paulo.

Sabonetes conta com músicos de primeira – Wonder e Artur, dois ótimos guitarristas, Rodrigo Lemos, novo no baixo, mas com experiência fundamental, e Cajinha, o neo-hippie das baquetas.

Juntos, soam equilibrados para a proposta que perseguem. Mas as músicas são radiofônicas ao extremo e, mesmo que façam bonito no palco, por vezes suas composições pedem algo a mais.

Durante a apresentação, o excesso de shows – tudo tem um preço – mostrou sua cara nas escorregadelas de Artur nas notas mais altas.

Nada que comprometesse a apresentação redonda do grupo – que teria um melhor momento lá em São Paulo, talvez, se fosse a primeira a subir ao palco.

Ao julgar pela qualidade dos músicos, dos planos que abraçaram, do disco que virá este ano e do empenho dos caras – moram juntos, em uma casa conhecida como “A Bolha” –, logo “Descontrolada” e “Quando Ela Tira o Vestido” estarão entre as mais pedidas nas rádios do país.
Porque gente clamando pelas cifras das músicas na comunidade deles no Orkut já há.

Diego Cagnato
Camila Cornelsen, vocalista do Copacabana Club: pulinhos e gestos cativantes.

É a primeira banda da indie-rock-girl Camila Cornelsen. E a moça soube onde postar sua voz honesta e sua dança hipnotizante. O guitarrista Alessandro (ex-ESS) voltou da Inglaterra com ideias (sem acento) na cabeça e bolou o Copacabana Club, junto com Tile, Claudinha Bukowski e Luciano Frank.

A apresentação do quinteto era a mais aguardada da noite. Foram badalados por lá e, para uma banda de pouco mais de um ano de vida, estão em um estágio de repercussão onde muitas gostariam de se encontrar.

New-wave, eletro-rock, não importa. Camila me disse que o que faz a diferença para eles é se o público está dançando ou não. Caso a resposta seja positiva, a música é boa. É uma boa forma de ver as coisas. Mas a banda não se resume a isso.

Reverb em vocais, efeitos e guitarras psicodélicas à MGMT — tudo na hora certa — provam que a composição, antes de qualquer coisa, é feita com esmero.

O Inferno foi fechado quase às 7h da manhã ainda ecoando o verso de “Just Do It”, delicioso hit que nasceu… hit. Um verdadeiro desafio para pés em repouso.

Copacabana Club tem tudo para seguir os passos da curitibana Bonde do Rolê e tornar-se internacional. CSS que se cuide.

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