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Empresa de ônibus Transwolff é acusada de ligação com o PCC.
Dono da Transwolff, Pandora foi preso durante a operação “Fim da Linha”, coordenada pelo MP-SP| Foto: Divulgação/Transwolff

A Justiça de São Paulo tornou réus dez dirigentes da empresa de ônibus Transwolff pela suposta ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC) na prestação do serviço de transporte coletivo à prefeitura de São Paulo. A decisão é da 2° Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, assinada na quarta-feira (24) pelo juiz Guilherme Eduardo Keller.

Entre os réus está Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, dono da Transwolff, preso no último dia 9, quando ocorreu a deflagração da Operação “Fim da Linha”, que investiga empresas responsáveis pelo transporte público em São Paulo e teriam uma ligação com facções criminosas. A operação foi conduzida pela Polícia Militar, Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Receita Federal e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo (MP-SP).

Os outros acusados são sócios e diretores da Transwolff: Carlos Couto Ramos, Reginaldo Gonçalves da Silva, Robson Flares Lopes Pontes, Cícero de Oliveira, Moisés Gomes Pinto, Joelson Santos da Silva, Jeová Santos da Silva, José Nivaldo Souza Azevedo e Lindomar Francisco dos Santos.

Os réus têm até 30 dias para se defenderem das acusações de lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e apropriação indébita. Somadas as penas podem chegar até 30 anos de reclusão. Além de Pandora, Robson Pontes e Joelson Santos estão presos.

Em 2006, Pandora foi detido pela suspeita de financiar a tentativa de regaste de Nivaldo Eli Flausino Alves, irmão de Branco, um dos líderes do PCC, que estava preso na Penitenciária de Santo André. À época, Pandora presidia a CooperPam, empresa de peruas e micro-ônibus. Em depoimento, Pandora não confirmou que estava envolvido na tentativa frustrada de resgate do detento, mas reconheceu que haviam facções criminosas infiltradas em empresas de transporte coletivo. Sem provas, o Tribunal de Justiça arquivou o caso.

Empresas de ônibus são acusadas de elo com a facção do PCC

A operação “Fim da linha”, desencadeada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP), aponta indícios de envolvimento de duas das principais empresas de ônibus do transporte coletiva da capital com a facção criminosa PCC.

As empresas de transporte Transwolff e Upbus são investigadas pelo MP por um possível envolvimento com a alta cúpula do PCC em São Paulo. A UpBus atende a zona leste da capital com 159 ônibus e a TransWolff, com uma frota de 1,2 mil veículos, opera na zona sul de São Paulo.

Juntas, as empresas receberam mais de R$ 800 milhões da prefeitura de São Paulo em 2023. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 600 milhões em patrimônio para assegurar o pagamento a título de dano moral coletivo. Dez dirigentes da Transwolff e 18 dirigentes da UPBus foram denunciados pelo Ministério Público. As acusações são de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

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