O Consórcio Antiferrugem (plataforma colaborativa que envolve representantes da Embrapa e da indústria) registrou 25 ocorrências de ferrugem asiática no Brasil em setembro. Foram oito notificações no Paraná, 16 em São Paulo e uma em Mato Grosso.
De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja Cláudia Godoy, o surgimento precoce da ferrugem em plantas guaxas (que nascem espontaneamente nas lavouras ou estradas), em regiões distintas, reforça a necessidade de monitoramento dos produtores, desde o período vegetativo, para identificarem a presença de sintomas e tomarem as medidas de manejo adequadas.
Quando o uso de produtos químicos for necessário, Cláudia orienta os produtores a usarem fungicidas eficientes nas doses recomendadas pelos fabricantes. “Além disso, é muito importante que os agricultores optem por produtos formulados em misturas com diferentes modos de ação e que façam a rotação dos fungicidas para atrasar o aparecimento de populações menos sensíveis do fungo”, diz
A ferrugem asiática provoca a desfolha precoce, compromete a formação, o desenvolvimento de vagens e o peso final do grão. De acordo com dados do Consórcio Antiferrugem, o chamado ‘custo-ferrugem’ (gastos com fungicidas para controle somado com perdas de produção) médio é de US$ 2 bilhões por safra no Brasil. Causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi, a doença pode comprometer até 90% das lavouras.
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