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Malbec às cegas. Os tintos mais procurados
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Há dez ou quinze anos ninguém apostaria que vinhos argentinos, ainda por cima da uva malbec, dominariam o mercado brasileiro de tintos. Muito menos que seriam uma grande sensação nos exigentes mercados dos USA e da Inglaterra, destronando ícones clássicos como os tintos de bordeaux, nas faixas de preços de médios para baixo.

O segredo do sucesso é o grande investimento na melhoria e modernização dos métodos de fabricação dos vinhos e cultivo das parreiras. Além do fator da altitude para os malbecs. Acima e cerca de 800 m a 900 m de altitude, no sopé dos Andes, as uvas amadurem à perfeição, com a grande luminosidade presente, frescor e gradiente de temperatura entre dia e noite bem elevado. Não só as uvas ganham bastante açúcar, como a maturação fenólica dos componentes mais sofisticados da uva é perfeita.

A região de Mendoza é o centro e o paraíso dos melhores malbecs argentinos. Quando jovem, a uva mostra aromas e sabores expansivos a violetas, gerânios, cerejas, amoras e um toque de zest de tangerinas. Com o tempo, vai se refinando e sobressaem frutas confeitadas, especiarias e frutas vermelhas. Sem falar no aporte do estágio em barris de carvalho, que arrendonda o vinho e lhe dá um agradável abaunilhado e tostado, quando não é exagerado.

Os grandes malbecs podem chegar no Brasil a cerca de R$ 500 a garrafa. Mas a grande vantagem é serem deliciosos também nas faixas mais acessíveis de preços. Para ter direito à denominação malbec, o vinho deve ter pelo menos 80% da referida casta. Sua temperatura de serviço fica na casa dos 16ºC a 17ºC.

Provamos às cegas 21 dos melhores rótulos disponíveis no mercado, com preços de até R$ 80. Selecionamos os dez campeões. A qualidade foi alta e uniforme. São vinhos gastronômicos por excelência, combinando com quase todos os pratos, especialmente massas e carnes.

A prova foi realizada no restaurante recém-inaugurado, Madero Burger & Grill, da Comendador Araújo, no Batel, em copos tipo bordeaux, com o serviço competente do sommelier Arlei Kulik.

Depois da prova, foram servidos os impecáveis assados e cheeseburger do Madero. Não podia haver melhor harmonia com os belos malbecs.

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