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A milenar cultura oriental encanta o Ocidente desde os primeiros encontros na Idade Antiga. A culinária, a arte, a vestimenta e a maneira de viver dos orientais são motivos de inspiração e admiração por muitas pessoas deste lado do mundo, talvez influenciados pela numerosa presença de descendentes orientais. A partir da sexta-feira (25), os curitibanos vão poder ver de perto, um pouco da riqueza da cultura japonesa na mostra "Eternos Tesouros do Japão", que será aberta oficialmente na noite desta quinta-feira (24), para um seleto grupo de convidados no Olho do Museu Oscar Niemeyer (MON). As visitas para o público em geral começam na sexta (25).

A exposição traz a Curitiba obras seculares do Museu de Arte Fuji, de Tóquio, capital do Japão, e marca o início das festividades do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, além de comemorar os três anos de existência do MON. Para receber manuscritos na tradicional caligrafia japonesa, armaduras antigas, pinturas em biombos, gravuras, espadas, utensílios em laca e móveis típicos do século 13 ao 19, o Olho passou por obras para se adaptar à mostra.

Exposição

O chão foi erguido para abrigar um sistema de climatização que controla a temperatura e a umidade do ambiente. Os vidros foram escurecidos e divisórias pretas foram construídas, incorporando um sistema de iluminação específico para a mostra. Quem quiser conferir as obras também terá de tirar o sapato. A presidente do museu, Maristela Requião, explica que motivos técnicos e culturais motivaram a exigência. "Os biombos, por exemplo, estão sem proteção. Entrada de visitantes com sapatos exigiria um processo de limpeza mais constante e a nossa equipe de limpeza sequer está autorizada a tocar nas obras. Por outro lado, no Japão as pessoas tiram os sapatos em sinal de respeito", esclarece. Cada visitante ganhará uma sacola para guardar o calçado e uma meia grossa para pôr no pé e transitar pelo chão acarpetado do espaço expositivo.

A exposição que será vista somente em Curitiba e depois retorna ao local de origem, consumiu cerca de R$ 2,3 milhões (patrocínios de Banco do Brasil e Copel) e receberá um ingresso específico de R$ 10,00 (R$ 5,00 para estudantes e idosos). Tesouros

Os visitantes vão encontrar no Olho do MON 119 raridades, uma delas um manuscrito do poeta Matsuo Bashô, mestre dos haicais (poesia japonesa) do século 17, admirado pelo curitibano Paulo Leminski.

O acervo de armaduras inclui grande variedade de estilos que cobrem aproximadamente 500 anos, desde o início do período Muromachi até o final do período Edo. Os ítens incluem a vestimenta completa, formada por brasões, capacetes, protetores para a face e para as bochechas, chapéus de palha, jaquetas de batalha, cassetetes de metal, entre outros.

Também está na mostra uma série de gravuras em blocos de madeira (unkio-e), famosas por inspirar os artistas do impressionismo europeu. E os biombos, utensílios usados para proteger os moradores da brisa dentro de casa, e que, com o passar do tempo, receberam diferentes e valiosas pinturas.

Veja algumas obras da exposição

Confira o roteiro de exposições

Serviço: "Eternos Tesouros do Japão". Abertura oficial nesta quinta-feira (24) às 20 horas. Visitas a partir de sexta-feira (25) das 10h às 18 horas de terça a domingo. Museu Oscar Niemeyer – MON (Rua Marechal Hermes, 999) Tel.: 3350-4400. R$ 10,00 (adultos) e R$ 5,00 (estudantes). Até 19 de novembro. Ingresso para outras áreas do museu é cobrado separadamente. Informações:www.museuoscarniemeyer.org.br

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