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A agência de classificação de risco Fitch confirmou nesta quinta-feira (19) a qualificação "A-", com perpectiva negativa, relativa à dívida soberana da Itália. A decisão se deve a reformas estruturais recentes aprovadas pelo governo do primeiro-ministro Mario Monti, apesar da manutenção da crise financeira.

Em comunicado, a instituição explicou que as mudanças no regime de trabalho e de aposentadorias e a flexibilização da economia visam aumentar o potencial de crescimento da economia italiana e que a estabilização da dívida e sua redução "estão ao alcance" do governo.

A Fitch ainda considera que as medidas serão capazes de reduzir o déficit do país para abaixo de 3% ao ano, chegando ao centro da meta da União Europeia e mantendo o caminho para diminuir a dívida pública em 2013.

A agência também elogiou a adoção pela Itália do pacto fiscal da União Europeia e o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEDE). Do lado negativo, a Fitch destacou a incerteza política a médio prazo e o potencial de crescimento da economia italiana.

A manutenção acontece depois de ter rebaixado a nota italiana na última avaliação, em janeiro.

Moody's

No dia 12 de julho, a Moody's reduziu em dois degraus a nota de crédito da dívida pública da Itália e colocou o país em perspectiva negativa para a próxima avaliação. A instituição aponta o contágio das crises da Grécia e da Espanha como causas principais para o corte.

A Moody's rebaixou a qualificação do nível A3 para Baa2, saindo do nível de "crédito de risco baixo" para "risco de crédito moderado". Este é o penúltimo patamar antes que a dívida italiana saia do grau de investimento para o nível especulativo.

A redução acontece devido à baixa confiança do mercado local e o alto risco de contágio dos problemas financeiros de Grécia e Espanha. A agência também mostra a preocupação dos investidores estrangeiros em comprar títulos do país.

Na segunda-feira, a agência anunciou a redução das notas de 13 bancos italianos, em reflexo à diminuição da qualificação da dívida soberana.

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